Os bombeiros encontraram dois sacos plásticos, com dois braços, que podem ser da jovem inglesa Cara Marie Burke, de 17 anos, que foi morta e esquartejada em Goiânia, no fim de julho.
A informação foi confirmada pelo delegado Carlos Raimundo Batista, da Delegacia de Homicídios. De acordo com ele, os membros estavam na região do Ribeirão Sozinha, em Bonfinópolis (GO), a cerca de 30 quilômetros de Goiânia.
No domingo (3), um desempregado encontrou uma perna, que pode pertencer à jovem inglesa, na mesma área. Até então, apenas o tronco da vítima havia sido encontrado dentro de uma mala, no dia 28. A mala estava jogada à beira de um rio, em Goiânia.
No domingo, o delegado Jorge Moreira, titular da Delegacia de Homicídios, disse que a localização de partes do corpo da vítima indica que Mohammed D'Ali Santos, de 20 anos, principal suspeito do crime, estava falando a verdade em todos os depoimentos que prestou à polícia. Entenda o caso
Cara foi morta e esquartejada no fim de semana passado. Mohammed D'Ali Santos, de 20 anos, foi preso na quinta-feira (31). Os policiais que o prenderam gravaram uma confissão do rapaz e ainda uma tentativa de suborno. Ainda de acordo com a polícia, ele voltou a confessar que matou a jovem em depoimento formal, na sexta-feira (1º). Os investigadores afirmam que Cara teria ameaçado contar à polícia e também à família de Santos que ele estaria envolvido com drogas. A polícia diz que ele confessou o crime. O rapaz teria dito, em depoimento preliminar, que matou a garota, foi a uma festa e, depois, esquartejou o corpo.
O tronco da jovem inglesa foi encontrado na segunda-feira (28), dentro de uma mala, perto da BR-153, às margens de um rio. A arma usada no crime, uma faca, e luvas cirúrgicas foram encontradas pela polícia em um bueiro na rua onde mora o suspeito. O material foi levado para perícia. Até agora, o reconhecimento do corpo foi feito apenas pela tatuagem que ela fez na região abaixo da nuca.
A polícia chegou a investigar a possibilidade de envolvimento de uma segunda pessoa no crime, mas o delegado Jorge Moreira, presidente do inquérito policial, descartou essa hipótese. Para ele, Santos apenas emprestou o carro de um amigo para transportar partes do corpo da vítima. Moreira pretende ouvir, nesta segunda-feira, o depoimento de porteiros que trabalham no prédio onde aconteceu o crime, em Goiânia. O objetivo inicial era o de tentar obter informações sobre a segunda pessoa envolvida no crime e que teria ajudado Santos a ocultar as partes do corpo da jovem inglesa. "O que nos interessa agora é o carro. Queremos saber como o corpo foi transportado para fora da cena do crime."
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