A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) entrou nesta quinta-feira com um pedido de liminar no Superior Tribunal de Justiça para garantir o uso de equipamentos e veículos. Muitos manifestantes tentam impedir a saída dos carteiros e a administração tenta proibir judicialmente que isso seja feito. Além disso, os Correios pediram o dissídio coletivo da greve junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).

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De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Paraná (Sintcom), Nilson Rodrigues dos Santos, na quarta-feira houve uma reunião entre a Polícia Militar, os grevistas e o diretor regional dos Correios, Itamar Ribeiro. No encontro, um acordo teria sido firmado para que os trabalhadores continuassem bloqueando os portões das agências. A assessoria dos Correios nega qualquer tipo de acordo.

O secretário geral do Sintcom afirma que os trabalhadores ainda não foram procurados pelos Correios. "Ninguém nos procurou. Por isso, mandamos nossos representantes ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para agendar uma audiência", disse.

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Impasse

O segundo dia da greve nacional dos servidores dos Correios apresentou como balanço um acréscimo na adesão dos grevistas. De acordo com Sintcom, a adesão já alcança 90% dos carteiros e 80% dos funcionários em geral em todo o estado.

Os números apresentados pelos trabalhadores continuam sendo negados pela assessoria de imprensa dos Correios em Curitiba. De acordo com a empresa, o funcionamento das 470 agências do estado, apenas uma em Londrina, no Norte do estado, e outra em Guarapuava, na região Central, seguem bloqueadas. A adesão dos carteiros no estado chegaria a apenas 20%.

Dispostos a negociar, os grevistas dão pistas dos caminhos de um futuro acordo. "Nós queremos os 47,18% de reajuste. Nesta porcentagem, estão os 52% de perdas acumuladas desde 94. Podemos negociar um parcelamento e até a redução desse valor", disse Santos.

Os Correios haviam propostos um reajuste de 11,9% antes da greve. Como os trabalhadores paralisaram os serviços, a proposta foi retirada. Os serviços de Sedex 10, Hoje e Mundi, além do Disque-coleta, continuam paralisados por precaução. Uma central de distribuição e separação foi montada no quartel do Boqueirão, em Curitiba, para agilizar as entregas.

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