A reunião entre representantes do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), comerciantes do Litoral paranaense e a concessionária Ecovia, realizada na tarde desta quinta-feira (20), terminou sem acordo. A empresa, que administra o trecho da BR-277 entre Curitiba e as praias do estado, negou o pedido para congelar a tarifa de pedágio durante a temporada de verão. O valor cobrado na rodovia deve subir 9,74% em 1º de dezembro.
O encontro foi realizado a pedido da Associação de Hotéis, Pousadas, Restaurantes, Casas Noturnas e Prestadores de Serviço do Litoral Paranaense (Assindilitoral). Participaram do encontro, além do presidente da associação, José Carlos Chicarelli, o diretor geral do DER, Rogério Tizzot, e Marcos de Oliveira Moreira, representando a Ecovia.
Os comerciantes temem que o aumento da tarifa do pedágio diminua o fluxo de turistas no Litoral paranaense durante do período de verão. A proposta do Assindilitoral era de que a Ecovia transferisse para o início de fevereiro a cobrança dos novos valores.
A concessionária apresentou uma carta na qual afirma que o contrato de concessão da rodovia prevê um reajuste anual da tarifa e estipula a data para entrada em vigor do novo valor 1º de dezembro de cada ano. A empresa alega que a falta de reajuste provocaria um desequilíbrio econômico do contrato.
A Ecovia afirma, ainda, que ao contrário do que é alegado pelo Assindilitoral, o pedágio não seria uma causa inibidora da viagem ao Litoral paranaense. A empresa informa que no período de dezembro a março de cada época de vereaneio tem constatado aumento no fluxo de veículos. Entre 2004-2005 e 2007-2008 o aumento foi de 7,17% no movimento em direção as praias.
Econorte reativa praça de Cambará
A concessionária Econorte anunciou, na quarta-feira (19), a reativação da praça de pedágio na rodovia BR-369 no município de Cambará, no Norte Pioneiro. A decisão de reativar a antiga praça foi tomada depois que o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Cesar Asfor Rocha, negou pedido da concessionária e manteve fechada a praça de Jacarezinho, na mesma região.
A cobrança está suspensa desde 23 de outubro, quando a Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), em Porto Alegre, manteve a decisão que impede o funcionamento da praça no entroncamento das BRs 369 e 153 e da PR-092. De acordo com informações da Agência Estadual de Notícias, em seu despacho o ministro Cesar Rocha afirma que concessionária não demonstrou que o acórdão proferido pelo TRF "poderia causar graves danos à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas".