A professora Cristiane Rodrigues da Costa, da Escola Municipal Lucídio Florêncio Ribeiro, em Campina Grande do Sul, aproveitou o furor causado pelo mobile game Pokémon Go para realizar aulas mais dinâmicas e criativas. A partir dos desenhos do cartunista Benett e da reportagem “Pessoas já morreram jogando ‘Pokémon Go’? Os mitos e verdades sobre o game”, publicada em 9 de agosto na Gazeta do Povo, a professora realizou práticas de oralidade, escrita, análise linguística e gráficos na sala de aula, além de conscientizar os alunos sobre os perigos envolvendo o game, dando ênfase aos cuidados necessários para se jogar com segurança e tranquilidade.
“Fizemos um alerta. Os perigos todo mundo sabe quais são, pois estão estampados em jornais e revistas, isso não depende do jogo. Decidir arriscar é uma decisão pessoal de cada um. Cabe a nós essa decisão ou aos pais, no caso das crianças”, diz a professora.
A primeira abordagem foi o caráter competitivo dos jogos eletrônicos e como isso afeta as relações cotidianas entre as pessoas. Em seguida, embasados pela matéria, fizeram em conjunto um levantamento dos pontos positivos do game e dos perigos e pontos negativos, como forma de alerta para toda a turma.
A popularidade do jogo atingiu em cheio crianças, adolescentes e adultos. Porém, o público infantil foi o mais impactado pelo lançamento, tanto pela diversão proporcionada, quanto pelas peculiaridades envolvendo os pequenos e a tecnologia. A escola, obviamente, tem de lidar com essas questões, e a professora seguiu a velha máxima “se não é capaz de vencê-los, junte-se a eles”. O resultado, segundo ela, foi uma aula muito proveitosa e divertida.
Capturando monstrinhos dentro da escola
Falar sobre o aplicativo não foi o bastante, as crianças queriam experimentá-lo. Para entender melhor o funcionamento do jogo, alunos e professora partiram em busca dos Pokemons pelo pátio da escola. “Em um levantamento rápido, pude constatar que mais de 90% dos alunos conhecem ou já jogaram Pokémon Go, sendo assim, em pequenos grupos, fomos verificar se existiam Pokémon no pátio da escola.” Relatou Cristiane. Para aferir a aceitação dos pais sobre o uso da tecnologia, foi encaminhado um questionário para cada família e os resultados foram tabulados em sala de aula.
Ao final, a professora realizou uma gincana. “Finalizamos nossas atividades com uma gincana na qual, em grupos, os alunos saíram à caça de cartões de pokémons que haviam sido escondidos no pátio da escola. Cada pokémon valia uma determinada quantia de pontos. Para validarem os pontos, teriam que acertar as perguntas relacionadas ao conteúdo do bimestre que se encontravam no verso de cada cartão.” Um bom exemplo da integração entre escola e tecnologia.
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