O réu Élvis de Souza foi condenado a 21 anos de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver na morte da universitária Louise Sayuri Maeda, ex-funcionária de uma iogurteria de um shopping em Curitiba. O crime ocorreu em maio de 2011. A sentença foi dada pelo juiz Leonardo Bechara Stancioli por volta das 22 horas desta sexta-feira (14).
O condenado retornará para a Casa de Custódia de Curitiba, onde já estava preso. Nesse caso não há o benefício de recorrer em liberdade.
As três qualificadoras do crime de homicídio foram motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e assassinato praticado para encobertar o crime de furto na loja em que Márcia Nascimento e Fabiana Perpétua de Oliveira trabalhavam. As duas também participaram do crime.
De acordo com o advogado Gianfranco Petruzziello, que atuou como assistente de acusação, os jurados condenaram o réu por unanimidade em duas qualificadoras (motivo torpe e impossibilidade de defesa). No caso de furto, o placar ficou em 4 pela condenação e dois pela absolvição. Petruzziello avaliou que a pena ficou de "bom tamanho". "A pena foi reduzida pelo fato de o réu não ter 21 anos quando cometeu o crime. Mesmo assim, consideramos que [a pena] ficou de bom tamanho", afirmou o assistente de acusação.
Élvis era um dos três acusados de assassinarem a universitária. Além dele, a namorada e ex-funcionária Márcia Nascimento foi condenada a 19 anos de prisão pelos mesmos crimes. Já a outra acusada de participar na morte de Maeda, a também ex-funcionária Fabiana Perpétua de Oliveira, ainda aguarda pelo julgamento.
A reportagem tentou entrar em contato com advogado Marcos Antônio Germano, que defende Souza, mas não obteve sucesso até as 22h50 desta sexta-feira.
Histórico
Louise Sayuri Maeda desapareceu em 31 de maio de 2011 depois de sair do trabalho, mas o corpo foi encontrado apenas no dia 17 de junho do mesmo ano em uma cava do Rio Iguaçu, no bairro Campo do Santana, em Curitiba.
Márcia e Fabiana foram detidas na madrugada seguinte à confirmação da morte da universitária. Já Élvis se entregou à polícia no dia 23 de junho daquele ano, mesma data em que a família fez a cerimônia de despedida e que o corpo da vítima foi cremado.
Conforme o inquérito da Polícia Civil, a razão para o assassinato foi a tentativa de ocultação de um outro crime: o de furto, que supostamente ocorrera na iogurteria e que tinha como autoras as duas ex-funcionárias.
No dia 15 de julho de 2011, a polícia fez uma reconstituição dos fatos com base no depoimento de cada um dos três acusados. No dia 6 de outubro do mesmo ano, o processo foi desmembrado devido ao pedido da defesa de uma das acusadas para realizar um exame de sanidade mental, o que poderia arrastar o trâmite de todo o processo por vários anos.
Márcia Nascimento foi condenada a 19 anos de reclusão pelo assassinato de Louise Sayuri Maeda, em 7 de agosto de 2013. Meses depois, em 14 de fevereiro de 2014, Élvis de Souza foi condenado pelo mesmo crime.
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