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Guerra política

Em carta aberta, Scalco diz que Requião está no lugar errado

A guerra declarada entre o governador Roberto Requião e o prefeito de Curitiba Beto Richa teve novos desdobramentos. O ex-ministro Euclides Scalco, também alvo de denúncias por parte do governador, publicou uma carta aberta na edição desta quinta-feira (15) do Jornal Gazeta do Povo, onde afirma que Requião "está no lugar errado".

"Incapaz de emoções ternas, impulsivo na busca da destruição da vida social convencional, beligerante e truculento, o governador do Paraná está no lugar errado", escreveu nas linhas iniciais do texto publicado na página 9 do jornal.

Na última terça-feira (13), Requião contou, durante a Escola de Governo, que o empresário Darci Fantin teria descrito um esquema de desvio de R$ 10 milhões de reais em favor da campanha do prefeito. Estariam também envolvidos o ex-ministro e a jornalista Cila Schulmann. Todos prometeram processar o governador.

As declarações causaram troca de desmentidos e agressões verbais entre os envolvidos. O empresário, inclusive, divulgou uma carta onde dizia não serem verdadeiras as palavras de Requião, e que nunca havia tido a tal conversa.

Scalco, no texto, disse estar sendo perseguido por ter trabalhado na campanha de Osmar Dias na eleição de 2006. "Acostumado ao sabugismo e à vassalagem, ele não me perdoa por eu ter sido coordenador do senador Osmar Dias, quando apenas 10 mil votos de diferença o elegeram".

Na mesma página do jornal, o deputado Valdir Rossoni, presidente estadual do partido PSDB, mesmo partido de Richa e Scalco, publicou carta em solidariedade aos denunciados por Requião.

Curitiba sai perdendo

As diferenças entre governador e o prefeito de Curitiba já estariam extrapolando o campo político e trazendo reflexos diretos para a população da capital, segundo reportagem da jornalista Kátia Chagas da Gazeta do Povo.

Desde o fim da campanha, em novembro, o governo do estado suspendeu cerca de R$ 50 milhões em investimentos em obras de infra-estrutura na capital. Beto Richa acusou, na quarta-feira, o governador de retaliação política ao segurar os repasses. O governo nega e garante que os convênios estão suspensos por reformas no plano administrativo.

As obras dependem da liberação de financiamentos da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (SEDU) e incluem pavimentação asfáltica e melhorias viárias nos bairros. Todas já foram licitadas pela prefeitura, os convênios estão assinados, mas não chegaram a ser iniciadas.

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