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Caso Eliza

Em novo depoimento, primo de Bruno diz que foi ameaçado por Macarrão

No novo depoimento, Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno, disse que mentiu quando contou à polícia mineira, no dia 8 de julho, que o atleta tinha ido à casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Ele também relatou que foi ameaçado por Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão.

Ele revelou que houve uma discussão entre Bruno e Macarrão, supostamente depois do crime e que o goleiro teria usado uma gíria para dizer que Macarrão era medroso. Em seguida, ainda de acordo com o novo depoimento de Sérgio, Macarrão teria dito "Se você abrir o bico, você sabe o que vai acontecer. Você viu o que aconteceu com a Eliza, né?".

Foi o Bola, segundo as investigações, quem assassinou Eliza Samudio, e jogou partes do corpo dela aos cães. Até agora, os restos mortais não foram encontrados. De acordo com a nova versão, Sérgio disse que estava com Bruno no sítio, no momento do crime. Ele falou ainda aos investigadores que Fernanda Gomes Castro, suposta amante de Bruno, também foi para Minas Gerais.

No depoimento, Sérgio contou que no dia 7 de junho, ele viu quando Fernanda chegou ao sítio e cumprimentou Eliza, como se a conhecesse. Na mesma data, à noite, Sérgio teria visto Fernanda perguntar a Bruno o que ele faria com Eliza. Bruno teria respondido que ela era "aquela menina" que o denunciou no Rio de Janeiro e que iria dar um apartamento pra Eliza, em Minas Gerais.

Fernanda foi intimada a prestar depoimento à polícia no Rio de Janeiro, mas passou mal. Ela chegou neste sábado a Belo Horizonte, acompanhada do advogado. E deve ser ouvida na capital mineira na próxima semana.

Marco Antonio Siqueira, advogado de Sérgio, disse que no primeiro depoimento o cliente ficou nervoso e se confundiu com alguns detalhes. "Até então, vejo o Sérgio como uma mera testemunha que está contribuindo. Mas contribuindo de que forma? Não para prejudicar ou para beneficiar quem quer que seja".

Sérgio confirmou trechos que já havia contado no depoimento anterior. Que foi impedido por Macarrão de entrar na casa - e viu que Eliza era mantida refém e que tinha um buraco muito grande na cabeça. Reforçou também que o menor e Macarrão levaram Eliza para ser morta.

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