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A Cutrale, empresa que administra a Fazenda Santo Henrique, invadida pelo Movimento dos Sem Terra em Borebi, a 309 km de São Paulo, informou nesta quarta-feira (14) que o prejuízo provocado pela destruição do patrimônio chegou a R$ 1,2 milhão.

Durante duas semanas de ocupação, tratores, equipamentos e defensivos agrícolas foram danificados, além de 12 mil pés de laranja. Ninguém foi preso. A polícia deverá concluir o inquérito em 30 dias.

Cerca de 250 famílias deixaram a fazenda por volta das 10h15 de quarta-feira (7) após negociação com a Polícia Militar que foi ao local cumprir reintegração de posse. Os manifestantes estavam acampados no local desde 28 de setembro. Cerca de 85 homens da Polícia Militar acompanharam a retirada em frente à fazenda. Os invasores saíram em cinco caminhões e 30 carros. Muitos levaram objetos pessoais.

Após a saída dos sem terra, a polícia e funcionários encontraram 28 tratores quebrados, caminhões e paredes pichados e até armários arrombados. Os banheiros estavam com louças quebradas e tubulação entupida. Havia lixo e comida estragada em vários cômodos das residências. Paredes foram pichadas com palavras de ordem do MST. O Corpo de Bombeiros teve que usar uma escada para retirar a bandeira do movimento hasteada no lugar da bandeira do Brasil.

O gerente de produção da fazenda, do grupo Cutrale, Claudinei Ferreti, disse que os tratores foram quebrados por meio de uma manobra que consiste em colocar terra dentro do motor e deixá-lo ligado até fundir.

Para ele, no entanto, a maior perda foi o tempo gasto em árvores que acabaram arrancadas pelos invasores. "O que mais lamentamos é a perda de pés de laranja com cinco anos de idade e em plena produção", afirmou Ferretti.

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