A Viação Umuarama Urbano ajuizou uma petição de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-9) contra a greve deflagrada pelos motoristas e cobradores de ônibus do município, no Noroeste do Paraná, às 5 horas desta terça-feira (22). Por volta das 17h15, a petição ainda precisava passar pelo setor de processamento, para então ser encaminhada ao desembargador que irá analisar o caso.

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Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Condutores de Veículos Rodoviários e Anexos de Umuarama (Sintrau), a paralisação foi decidida pela categoria por causa da falta de avanço nas negociações entre patrões e empregados.

Motoristas e cobradores tentam, desde abril, aumentar em 10% o salário e em 33% o vale-alimentação dos trabalhadores, que hoje é de R$ 120. "Tivemos uma rodada de negociação no TRT na semana retrasada. Mas até agora não houve nenhum avanço e nenhum sinal de que pode mudar", declarou o presidente do Sintrau Hailton Gonçalves. Segundo ele, a única proposta feita pela empresa Viação Umuarama foi de 8,65% de aumento tanto para o salário quanto para o vale.

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A greve é por tempo indeterminado e deixa 150 motoristas e cobradores de braços cruzados. A paralisação afeta cerca de 35 ônibus urbanos de Umuarama e aproximadamente 20 mil passageiros. De acordo com o sindicato, 100% da frota ficou sem circular nesta terça-feira.

O Ministério Público do Trabalho do estado (MPT-PR) informou que na sexta-feira passada (19) o Sintrau chegou a protocolar um pedido de mediação entre as partes. O procurador responsável intimou os envolvidos para uma audiência que deve acontecer somente na próxima semana.

Procurado pela reportagem ao longo da tarde desta terça-feira, o responsável pela Viação Umuarama Urbano não foi encontrado. Na última ligação, realizada às 18h11, um funcionário da empresa informou que ele só voltará ao local de trabalho na manhã desta quarta-feira.