Wilson Bueno pode ter sido morto por uma pessoa conhecida, de acordo com a polícia| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

Durante o velório, amigos e familiares de Bueno ressaltaram a importância da obra do escritor

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Bibliografia

Confira lista com os livros publicados de Wilson Bueno

Bolero’s Bar (Curitiba: Criar Edições, 1986)

Manual de zoofilia (Florianópolis: Noa Noa, 1991)

Ojos de água (Argentina: El Territorio 1992)

Mar paraguayo (São Paulo: Iluminuras, 1992)

Cristal (São Paulo: Siciliano, 1995)

Pequeno tratado de brinquedos (São Paulo: Iluminuras, 1996)

Medusario – mostra de poesia latinoamericana (México: Fondo de Cultura Econômica, 1996)

Jardim zoológico (1999)

Meu Tio Roseno, a cavalo (São Paulo: Editora 34, 2000)

Once poetas brasileños, de 2004

Amar-te a ti nem sei se com carícias (São Paulo: Editora Planeta, 2004)

Cachorros do céu (São Paulo: Editora Planeta, 2005)

Diário vagau (Curitiba: Travessa dos Editores (2007)

Pincel de Kyoto (2007)

Canoa Canoa(2007)

A copista de Kafka (São Paulo: Editora Planeta, 2007)

Mortes violentas em maio

Segundo levantamento feito com base nos dados do Instituto Médico Legal de Curitiba (IML), o mês terminou com 114 mortes provocadas por arma de fogo, arma branca ou agressão – uma queda de 29,6% em relação a abril e um crescimento de 48,6% em relação a maio de 2009, quando foram registradas 79 mortes violentas.

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O corpo do escritor Wilson Bueno, encontrado morto no início da noite de segunda-feira (31), está sendo velado na Capela da Luz, no Cemitério Municipal, em Curitiba. A cerimônia começou às 8 horas desta terça-feira (1.º) e vai até as 16 horas. Uma missa de corpo presente será celebrada na capela, às 16 horas.

A seguir, o escritor será enterrado no Cemitério Municipal do Santa Cândida, às 17 horas. Bueno foi autor de 13 livros e também foi o criador do jornal cultural Nicolau.

Durante o velório, amigos e familiares de Bueno ressaltaram a importância da obra do escritor . "As obras dele foram publicadas em 40 países", disse o fotógrafo Pablito Pereira, amigo do escritor, em entrevista ao Paraná TV 1ª. edição.

"Ele era criativo e muito alegre. Com duas letras fazia um conto de fadas. A literatura paranaense ficou conhecida mundialmente por causa dele", afirmou João Santa, irmão da vítima.

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Wilson Bueno havia entregado o 14º livro para a editora. O livro "Mano, a noite está velha", é uma homenagem a um irmão que já morreu.

Morte

O corpo do escritor foi encontrado, em casa, por volta das 19h30. Bueno estava morto há mais de 12 horas e foi assassinado com um golpe de arma branca no pescoço, segundo o perito do Instituto de Criminalística do Paraná.

Ele teria tentado reagir depois de ser esfaqueado. Não havia sinais de arrombamento na casa, mas o portão e porta não estavam trancados, como ocorria normalmente. O escritório de Bueno estava revirado e os peritos encontraram sacos plásticos vazios espalhados pelo chão, o que indica que o assassino pretendia roubar algo.

A diarista Jacinta Breck, que trabalhava havia sete anos na casa do escritor, chegou ao sobrado onde Bueno moravano Tingui, por volta das 9h30. Ela notou que o portão estava sem o cadeado e que a porta estava aberta. Segundo Jacinta, um computador que sempre ficava no escritório, no segundo andar, estava na sala.

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Por recomendação de Bueno, Jacinta só teria acesso ao segundo piso da casa depois que ele acordasse e lhe desse bom dia. Por conta dessa exigência, a diarista trabalhou normalmente no primeiro piso da casa. O escritor costumava levantar entre 15 e 16 horas, porque gostava de trabalhar de madrugada. Por volta das 17 horas, a diarista estranhou a ausência do patrão e decidiu ligar para um amigo dele, que foi até a casa e encontrou o corpo de Bueno no escritório.

De acordo com o primo do escritor Emídio Bueno Marques, Wilson Bueno estava caído na escrivaninha do escritório e havia muito sangue no local. Marques afirma que o local estava bastante bagunçado e que a primeira impressão foi de uma tentativa de roubo. "A paixão da vida dele era escrever, ser jornalista e ser escritor. Ele era um ícone da literatura do Paraná", diz. Segundo o primo, Bueno estava editando seu 13º livro.Abigail Schambeck, vizinha de Bueno, o conhecia há pelo menos 30 anos. Ele era morador do bairro e estava naquele sobrado havia dez anos. A vizinha afirma que não percebeu nenhuma movimentação estranha na casa do escritor durante o fim de semana. Ela conta que Bueno tinha muitos conhecidos e recebia muitas pessoas em casa.