O Comitê de Bacias do PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), da região de Campinas, e o Comitê da Bacia do Alto Tietê solicitaram a órgãos reguladores um controle mais rígido sobre a retirada de água do sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo.
A contribuição é parte das discussões sobre a nova outorga (autorização) de captação de água pela Sabesp no sistema Cantareira, que venceu no ano passado. A discussão é foco de grande embate já que irá determinar a quantidade de água que pode ser retirado do Cantareira e enviada para a Grande São Paulo e para a região de Campinas. Um dos embates mais tradicionais dessa discussão é o de que o abastecimento de São Paulo não prejudique o fornecimento de água para a região de Campinas, irrigadas pela Bacia PCJ.
Sugestões
Entre as sugestões para a nova outorga está a adoção de diferentes níveis de alerta, de acordo com o nível dos reservatórios do Cantareira.
Segundo proposta do comitê do PCJ, por exemplo, o sistema Cantareira poderia ser classificado em cinco categorias, a depender do nível de água reservado. Num cenário de estiagem crítica, quando o reservatório estivesse abaixo de 20% de sua capacidade, deverão adotadas medidas de contingência. Essas medidas de contingência deverão ser elaboradas pela Sabesp em um prazo de um ano.
A elaboração de um plano de contingência é uma antiga demanda de prefeitos da Grande São Paulo que alegam não ter informações devidas sobre a crise hídrica pela qual passa o Estado de São Paulo.
Além dos níveis de alerta, o comitê do Alto Tietê sugeriu que a Sabesp invista em redução de perdas de água, para que tenha a renovação de sua autorização. Hoje, a empresa perde cerca de 19% de toda a água que trata nas inúmeras falhas de sua tubulação na Grande São Paulo.
O comitê também quer que a empresa implemente um programa de reúso de água retirada do esgoto - programa hoje paralisado pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) - e adote campanhas educacionais sobre o uso racional de água.
Já o comitê do PCJ pede também o término de obras estruturais. O comitê do PCJ sempre foi crítico à falta de investimentos pelo governo do Estado para aumentar a capacidade de oferta de água no Estado. Entre as obras pleiteadas estão a construção das barragens Pedreira e Duas Pontes. A obra, que deve aumentar a reservação de água na região de Campinas, foi anunciada no final do ano passado e não avançou.
O comitê diz ainda que, diante das obras já feitas pela Sabesp, a Grande São Paulo tem hoje menos dependência do sistema Cantareira. Além disso, argumenta que a necessidade de água para a região de Campinas deverá aumentar nos próximos anos.
Sabesp
A Sabesp também enviou aos órgãos reguladores a sua proposta sobre como deve ser a nova outorga do Cantareira. Para a empresa, não há competição de água entre a Grande São Paulo e Campinas. A empresa argumenta que, na hora de dividir a água entre São Paulo e Campinas, a nova outorga tome como base o volume de água que entra todos os dias no Cantareira. Atualmente, essa divisão é feita tomando como base o nível do reservatório.
Hugo Motta troca apoio por poder e cargos na corrida pela presidência da Câmara
Eduardo Bolsonaro diz que Trump fará STF ficar “menos confortável para perseguições”
MST reclama de lentidão de Lula por mais assentamentos. E, veja só, ministro dá razão
Inflação e queda do poder de compra custaram eleição dos democratas e também racham o PT
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora