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Cidades Inovadoras

Curitiba terá patrulhamento com carros elétricos durante a Copa

Duas unidades do modelo Twizy elétricos vão circular pelas ruas de Curitiba | Hugo Harada/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
Duas unidades do modelo Twizy elétricos vão circular pelas ruas de Curitiba (Foto: Hugo Harada/ Agência de Notícias Gazeta do Povo)

O serviço de monitoramento do trânsito em Curitiba e as ações de fiscalização e de combate à criminalidade da Guarda Municipal passarão a ser realizados também com veículos elétricos. A nova frota é composta por dez carros e três micro-ônibus e será colocada nas ruas durante a Copa do Mundo 2014, cujo início ocorre no próximo dia 12 de junho. O Instituto Curitiba de Turismo também receberá os veículos. A cessão dos veículos será por dois anos em forma de comodato, sem custos para o município. Eles fazem parte do projeto Curitiba Eco-Elétrico, uma parceria firmada pela prefeitura de Curitiba com a aliança Renault-Nissan, Itaipu Binacional e CEIIA (Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel) de Portugal. O anúncio da parceria já havia sido realizado pela montadora, mas o período de cessão dos veículos e detalhes como manutenção e operação foram revelados durante a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras 2014.

Além dos carros elétricos, serão instalados dez eletropostos de abastecimento. Eles ficarão em quatros pontos diferentes: Rodoferroviária, Secretária Municipal de Abastecimento, Parque Barigui e Parque Tanguá. A autonomia dos veículos varia de acordo com o modelo – indo de 100km a 210 km. De acordo com a Renault, serão cedidas cinco unidades do Zoe, três do Kangoo Z.E, dois Twizy e as três dos micro-ônibus. De acordo com Carlos Henrique Ferreira, diretor de comunicação da Renault, a cessão dos carros faz parte de um projeto, o Eco-Elétrico, que vai até 2020. "É um projeto que envolve mobilidade urbana, inclusive com a implantação de um sistema de compartilhamento de bicicletas elétricas e ações no transporte público", afirma. A produção dos carros é uma parceria da Renault com a Itaipu binacional. Os custos de cada modelo não foram divulgados, mas segundo Ferreira, a empresa francesa destinou 4 bilhões de euros para projetos que envolvam carros elétricos. Na França, por exemplo, já há um sistema de compartilhamento de modelos elétricos do Zoe. Durante o período de cessão dos veículos para a prefeitura de Curitiba, a manutenção deles será de responsabilidade da Renault. Já a manutenção dos eletropostos será realizada pela Itaipu.

Onde encontrá-los

Segundo a assessoria da Renault, a Guarda Municipal deverá utilizar os carros para ronda e patrulhamento nos parques da cidade, no zoológico e ainda como módulo móvel que circulará pelas praças. Já a Setran deve utilizá-los em seu programa de educação no trânsito e também como suporte às atividades de seus agentes. O Instituto Curitiba de Turismo, por sua vez, irá destinar os veículos para um Centro de Informações Turísticas Móvel que transitará em locais estratégicos de grande aglomeração de turistas como Arena da Baixada e polo hoteleiro. Produção

A produção dos veículos elétricos da Renault ainda é realizada na França, mas a parceria com a Itaipu Binacional deverá trazê-la para o Brasil, pelo menos para o modelo Twizy. Havia a expectativa de que a produção nacional desse carro começasse ainda neste ano, mas segundo Carlos Ribeiro de Novais, chefe da assessoria de mobilidade elétrica sustentável de Itaipu, isso deverá ocorrer apenas em 2015. "Em setembro, começaremos a produção para atender uma demanda específica. Mas a partir de janeiro já teremos o parque de produção funcionando". Realidade em diversos países do mundo, a produção e utilização em massa dos carros elétricos no Brasil ainda estão longe de ocorrer. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram comercializados mais de 590 mil carros elétricos no ano passado, enquanto a frota brasileira não passava de mil carros naquele ano, o equivalente a 0,0003% dos veículos em circulação. Esse cenário, segundo especialistas do setor, está ligado aos altos impostos, à dependência de peças importadas e à falta de estrutura de abastecimento.

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