Especialista e paciente ao mesmo tempo

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O médico infectologista Alceu Fontana Pacheco Júnior tem várias credenciais para falar sobre a gripe A (H1N1). Além de ser conselheiro do Conselho Regional de Medicina, especialista no assunto e presidente da Sociedade Paranaense de Infectologia (SPI), ele também foi contaminado pelo vírus e conheceu os sintomas da doença no próprio corpo. Por telefone, ele conversou com a reportagem da Gazeta do Povo:

Quando veio a confirmação de que o senhor tinha a gripe A?

A confirmação veio no dia 13 julho, mais ou menos na mesma época em que o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reconheceu que o vírus estava solto e que não eram apenas as pessoas que vinham de fora que traziam a doença.

Quando iniciaram os sintomas?

Por volta de 22 de junho. Fiquei praticamente uma semana de cama e perdi quatro quilos. Tive tosse e febre alta. Imaginei que não fosse uma gripe comum, até porque eu tinha tomado vacina.

Como foi a recuperação?

Basicamente repouso. Fiquei em casa e, apesar da febre alta, não houve problemas respiratórios. Foi uma indicação de que o quadro estava estabilizado. Não foi preciso usar o medicamento e, depois de alguns dias, a situação começou a melhorar. Liguei para as pessoas que eu atendi e com as quais eu trabalho e ninguém apresentou sintomas. Na minha casa até agora ninguém sentiu nada também.