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Crimes na Vila Sabará, segundo a polícia, foram a mando do tráfico | Felipe Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Crimes na Vila Sabará, segundo a polícia, foram a mando do tráfico| Foto: Felipe Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo

O estado de saúde do jovem de 16 anos que foi baleado em uma lanchonete na Vila Sabará, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC), no sábado (19), apresentou melhora. O adolescente continua internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Trabalhador, mas apresentou alguns avanços positivos, segundo a assessoria de imprensa do hospital. O garoto estava sendo perseguido por quatro pessoas que estavam a bordo de um carro de cor escura, cujo modelo ainda não foi identificado.

O jovem teria entrado em uma lanchonete, na Rua Herece Fernandes, tentando fugir. Um dos ocupantes do veículo, no entanto, abriu fogo atingindo o rapaz. Wellington Daniel Vujanski Caires, de 11 anos, que estava na lanchonete no instante do ataque, foi atingido por um tiro na cabeça e morreu no local. A polícia acredita que o menino tenha sido atingido por engano. "Por enquanto, não temos nada que aponte o envolvimento do garoto", complementou o delegado Rubens Recalcatti, chefe da Delegacia de Homicídios (DH).

Segundo o delegado, a tentativa de homicídio contra o adolescente de 16 anos tem relação direta com outras mortes de jovens ocorridas neste mês na região. Segundo informações da DH, o rapaz seria integrante de uma das gangues que estão se enfrentando na localidade. Desde o início de novembro, quatro adolescentes foram assassinados na CIC.

"A polícia tem elementos suficientes para afirmar que existe relação entre este ataque e as outras mortes que ocorreram no bairro", disse o delegado Rubens Recalcatti, chefe da DH.

Disputa de gangues

Segundo as investigações, o adolescente baleado seria integrante de um grupo chamado Comando Sabará. A polícia tem elementos que apontam que ele participou do primeiro assassinato ocorrido na CIC neste mês, no dia 1º. Na ocasião, Loredo Messias da Silva, de 15 anos, foi morto a tiros, após sair da Escola Cândido Portinari, onde estudava. Loredo seria integrante de outra facção, a Cidade de Deus (CDD).

Maicon Wilian de Lima Patrício, 16 anos, que, segundo a polícia, também participou do ataque que terminou com a morte de Loredo foi assassinado no dia seguinte ao crime. Patrício também é apontado como um dos integrantes do Comando Sabará. No dia 7 de novembro, Eduardo de Toledo, de 18 anos, foi atingido por dois tiros quando ia visitar a namorada na Vila Barigui, na CIC. Segundo a DH, ele é morador da Vila Sabará e também integra uma das gangues que estão em confronto no bairro. Ele ficou hospitalizado, mas recebeu alta no dia 13 de novembro.

O delegado Jaime da Luz disse que apesar de as gangues não terem se formado com o objetivo de traficar drogas, os grupos acabam sendo usados pelo tráfico. Segundo o delegado, há indícios de que as ordens para matar os adolescentes tenham partido de traficantes.

Moradores da Vila Sabará e alunos da Cândido Portinari apontam a existência de uma lista de jurados para morrer. Seis nomes integrariam o rol. A Gazeta do Povo mostrou que a DH identificou três gangues na região: além do CDD e do Comando Sabará, uma facção denominada Comando Corbélia também estaria envolvida nos confrontos. Todos os grupos seriam compostos por jovens com idades entre 12 e 20 anos, que estariam se enfrentando.

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