| Foto: Soraia Sokamoto/Gazeta do Povo/Arquivo/

Um estudante do curso de Engenharia da Computação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), nos Campos Gerais, “hackeou” o servidor interno e alterou dados acadêmicos dele e de um colega. O rapaz desistiu do curso e por isso não foi punido pela UEPG, segundo a pró-reitoria de Graduação. O caso ocorreu em setembro de 2014, mas o inquérito disciplinar aberto pela universidade só foi concluído em novembro de 2015. A publicação do fato no Diário Oficial ocorreu na semana passada.

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O colega do rapaz que cometeu a fraude recebeu uma advertência. Ele não estava diretamente envolvido, mas tinha conhecimento da situação, e continua matriculado. Sua identidade foi preservada.

De acordo com o presidente da comissão de inquérito, foram alteradas as anotações de faltas dos dois alunos, não houve mudança nas notas. Como o sistema de segurança monitorou a invasão e identificou os estudantes, eles não chegaram a se beneficiar. “É uma infração disciplinar. A comissão entendeu que foi uma infração leve, que não houve dano. Não seria o caso de um inquérito policial”, explica o chefe da Procuradoria Jurídica da UEPG, João Irineu Resende.

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Segundo ele, não há registros de situações semelhantes na UEPG. “O site sofre tentativas de invasão, mas todas são malogradas. A universidade tem um servidor próprio, que identifica a máquina utilizada, o e-mail, e faz o rastreamento”, diz.

O regimento interno da universidade prevê punição para atos contra a “integridade física e moral da pessoa; o patrimônio moral, científico, cultural e material; e o exercício das funções pedagógicas, científicas e administrativas”, que pode ser advertência, repreensão, suspensão ou exclusão. As punições aplicadas a discentes não constam no histórico escolar.