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A polícia de Rio Negro, no sul do estado, recebeu na noite da última quarta-feira (23) o laudo do Instituto Médico Legal (IML) sobre o assassinato da estudante Aline Moreira, de 18 anos, encontrada morta no dia 1º de outubro deste ano. Segundo o exame, a garota morreu por traumatismo craniano e apresentava sêmen na vagina e no ânus. O suspeito de cometer o crime é José Ademir Radol, de 49 anos, que morreu na prisão no dia 4 deste mês, horas após ser detido em Santa Cecília-SC.

De acordo com o delegado do município, Sérgio Luiz Alves, o exame confirma que houve abuso sexual contra a jovem, e que ela provavelmente foi morta com golpes de um instrumento pontiagudo na cabeça. "O mais provável é que ele [Radol] tenha agredido a garota com uma chave de roda, porque a ferramenta não foi encontrada no carro dele", explicou. O suspeito deu carona a Aline quando os dois saíram de Mafra (SC), e estava com ela quando foram vistos pela última vez. Radol cometeu suicídio na cadeia, segundo a polícia. Ele estava na cela com outros três homens quando apareceu enforcado. Dois deles, que teriam estimulado o homem a tirar a própria vida, serão responsabilizados por indução ao suicídio, crime previsto no Código Penal (Art.122). Se comprovada a culpa, os presos podem ter agravamento das penas que cumprem.

O crime

José Ademir Radol, segundo a polícia, tinha um relacionamento com a mãe de Aline. A família morava em Mafra (SC), cidade próxima à fronteira com o Paraná. No dia 27 de setembro, o suspeito teria oferecido à garota uma carona para Curitiba. Naquela noite, ambos foram vistos no município paranaense de Rio Negro. Segundo testemunhas, eles foram encontrados em uma estrada rural da cidade, andando a pé. Esta seria a última vez em que Aline foi vista com vida. Cerca de uma hora depois, apenas o homem caminhava pelo local, e em seguida desapareceu.

No dia 1º de outubro, policiais descobriram o carro do suspeito. Em seguida, voltaram à região com os Bombeiros e localizaram o corpo de Aline, a 300 metros de onde estava o veículo. O cadáver estava sem roupas e aparentava violência sexual. No dia 3, Radol teve uma foto divulgada pela polícia, e na tarde do dia seguinte ele foi localizado em Santa Cecília-SC, na casa de uma irmã. Naquela noite, já preso em Rio Negro, ele foi encontrado morto com uma corda feita de lençóis, conhecida como "tereza".

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