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Deu negativo o resultado do exame de DNA feito com o suspeito de ter matado Osíris Del Corso e baleado a namorada dele no Morro do Boi em Caiobá, Litoral paranaense, no final de janeiro. A polícia também já não confirma mais a versão de que a estudante foi estuprada. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) do Paraná, o homem preso na terça-feira (17), ainda é o principal suspeito do crime por ter sido reconhecido pela vítima.
O Instituto de Criminalística comparou o sangue do preso com as manchas de uma camiseta encontrada na região onde ocorreu o crime. O delegado responsável pela investigação, Luiz Alberto Cartaxo Moura, disse que o resultado já era esperado. "Num primeiro momento, a jovem ainda muito abalada achou que pudesse ser a camiseta, mas depois, mais calma e recuperada parcialmente do choque, a vítima não reconheceu a camiseta", contou à Sesp. Até então, a camisa era uma das principais pistas do assassino.
Ao contrário do que havia sido informado desde o começo do caso pela polícia, a jovem não chegou a ser estuprada, mas foi molestada sexualmente, segundo as informações desta sexta-feira. "Quando voltou ao local do crime, ele teria arrancado a roupa íntima da vítima e teria tocado em seu corpo, molestando a jovem", disse. A polícia não revela se foram realizados exames para coleta de material genético do suspeito no corpo da vítima.
O delegado afirma, ainda, que todos os álibis apresentados pelo acusado foram derrubados durante as investigações. O suspeito contou à polícia que estava trabalhando no horário do crime. A alegação, porém, teria sido desmentida por colegas de trabalho do homem, que afirmaram que ele não foi visto no dia do crime.
A Sesp divulgou nesta sexta-feira a identidade do suspeito. Anteriormente, a secretaria havia informado que manteria a identidade do homem em sigilo até que as provas confirmassem a participação dele no crime. A Gazeta do Povo não irá publicar o nome até que a polícia divulgue mais informações sobre o caso.
O suspeito está detido no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Militar, em Curitiba. Ele vai responder por latrocínio roubo seguido de morte por ter roubado dinheiro das vítimas depois de matar Osíris, segundo a polícia. Ele também deve responder pela tentativa de latrocínio, por ter baleado a estudante e por atentado violento ao pudor. Esta é a primeira vez que a polícia fala em roubo.
Manobra
O advogado do acusado, Nilton Ribeiro, disse que seu cliente negou o crime. Para ele, o enquadramento por latrocínio foi uma "manobra" da polícia. "Viram que hoje, em um júri popular, ele seria absolvido, em razão das trapalhadas que fizeram", disse. "Por isso estão inventando o latrocínio, que é julgado só pela juíza." Ele disse que tem provas de que o suspeito estava trabalhando no dia do crime, a aproximadamente 22 quilômetros do Morro do Boi, e cobrou o exame de DNA do esperma.
"Até agora divulgaram que ela tinha sido violentada e agora recorrem a outra manobra", afirmou. "Mas eu tenho certeza que a Justiça não vai aceitar isso." Segundo Ribeiro, seu cliente tem aids e hepatite C, não conseguindo andar cem metros sem descansar. "Por suas características seria impossível subir o morro, lutar com as vítimas, descer e subir novamente", disse.
Leia mais detalhes sobre o crime do Morro do Boi na edição deste sábado (21) do jornal Gazeta do Povo