Saúde

Segundo o boletim médico divulgado nesta sexta-feira (20), o quadro clínico da jovem está evoluindo. Ela já não faz uso de calmantes ou analgésicos fortes.

A estudante está inernada no Hospital Vita em Curitiba desde o dia 2 de fevereiro. A previsão do hospital é que a jovem tenha alta até o final da próxima semana.

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Deu negativo o resultado do exame de DNA feito com o suspeito de ter matado Osíris Del Corso e baleado a namorada dele no Morro do Boi em Caiobá, Litoral paranaense, no final de janeiro. A polícia também já não confirma mais a versão de que a estudante foi estuprada. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) do Paraná, o homem preso na terça-feira (17), ainda é o principal suspeito do crime por ter sido reconhecido pela vítima.

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O Instituto de Criminalística comparou o sangue do preso com as manchas de uma camiseta encontrada na região onde ocorreu o crime. O delegado responsável pela investigação, Luiz Alberto Cartaxo Moura, disse que o resultado já era esperado. "Num primeiro momento, a jovem ainda muito abalada achou que pudesse ser a camiseta, mas depois, mais calma e recuperada parcialmente do choque, a vítima não reconheceu a camiseta", contou à Sesp. Até então, a camisa era uma das principais pistas do assassino.

Ao contrário do que havia sido informado desde o começo do caso pela polícia, a jovem não chegou a ser estuprada, mas foi molestada sexualmente, segundo as informações desta sexta-feira. "Quando voltou ao local do crime, ele teria arrancado a roupa íntima da vítima e teria tocado em seu corpo, molestando a jovem", disse. A polícia não revela se foram realizados exames para coleta de material genético do suspeito no corpo da vítima.

O delegado afirma, ainda, que todos os álibis apresentados pelo acusado foram derrubados durante as investigações. O suspeito contou à polícia que estava trabalhando no horário do crime. A alegação, porém, teria sido desmentida por colegas de trabalho do homem, que afirmaram que ele não foi visto no dia do crime.

A Sesp divulgou nesta sexta-feira a identidade do suspeito. Anteriormente, a secretaria havia informado que manteria a identidade do homem em sigilo até que as provas confirmassem a participação dele no crime. A Gazeta do Povo não irá publicar o nome até que a polícia divulgue mais informações sobre o caso.

O suspeito está detido no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Militar, em Curitiba. Ele vai responder por latrocínio – roubo seguido de morte – por ter roubado dinheiro das vítimas depois de matar Osíris, segundo a polícia. Ele também deve responder pela tentativa de latrocínio, por ter baleado a estudante e por atentado violento ao pudor. Esta é a primeira vez que a polícia fala em roubo.

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Manobra

O advogado do acusado, Nilton Ribeiro, disse que seu cliente negou o crime. Para ele, o enquadramento por latrocínio foi uma "manobra" da polícia. "Viram que hoje, em um júri popular, ele seria absolvido, em razão das trapalhadas que fizeram", disse. "Por isso estão inventando o latrocínio, que é julgado só pela juíza." Ele disse que tem provas de que o suspeito estava trabalhando no dia do crime, a aproximadamente 22 quilômetros do Morro do Boi, e cobrou o exame de DNA do esperma.

"Até agora divulgaram que ela tinha sido violentada e agora recorrem a outra manobra", afirmou. "Mas eu tenho certeza que a Justiça não vai aceitar isso." Segundo Ribeiro, seu cliente tem aids e hepatite C, não conseguindo andar cem metros sem descansar. "Por suas características seria impossível subir o morro, lutar com as vítimas, descer e subir novamente", disse.

Leia mais detalhes sobre o crime do Morro do Boi na edição deste sábado (21) do jornal Gazeta do Povo