As explosões a caixas eletrônicos caíram 26% no ano passado em Curitiba e Região Metropolitana. O dado foi divulgado nesta terça-feira (19) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp). Se for considerado apenas os números da capital, a queda é ainda mais acentuada, de 48%. Em 2015, somente na cidade de Curitiba, foram registrados 23 explosões, quase metade das mesmas ocorrências no ano anterior, 44.
No Paraná inteiro, a queda registrada foi de 16% (em 2014 foram 204 explosões em todo estado, enquanto que no ano passado foram 172). De acordo com a pasta, os dados se referem aos ataques tentados e consumados.
Essa queda, que também foi constatada no interior [onde ocorreram 103 em 2015 e 111 em 2014], foi comemorada pela secretaria, que acredita que a prisão de 130 pessoas tenha sido fundamental para tal redução. Ao site da pasta, o secretário de Estado da Segurança Pública, Wagner Mesquita, comentou que um conjunto de ações, envolvendo patrulhamento da PM, forças especiais como Bope (Batalhões de Operações Especiais), Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), da Polícia Civil, e trabalho de inteligência também explicam os dados.
Bancos afirmam que ações privadas são insuficientes para conter ataques a caixas
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou, por meio de nota, que acompanha “com extrema preocupação os ataques a caixas eletrônicos em todo o País” e lamentou que a situação tenha chegado ao ponto de a população ser privada do serviço. Para os bancos, ações de segurança privada são insuficientes para conter a onda de ataques.
Leia a matéria completaPara o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Paraná, João Soares, um dos principais motivos da redução das explosões é a retirada sistemática de centenas de caixas eletrônicos do comércio. “A Tecban [empresa que gere o autoatendimento] retirou 600 caixas de circulação no estado. Tudo isso contribuiu muito”, explicou.
Na avaliação dele, grandes quadrilhas organizadas ainda atuam no estado e as polícias precisam focar a investigação nesses grupos. “Eles usam armas de calibre pesado e agora estão usando pessoas como escudo. Esses bandidos precisam sair de circulação”, comentou.
Investimento dos bancos
Em nota, a Sesp ressaltou a necessidade de as instituições bancárias aperfeiçoarem os dispositivos de segurança internos dos caixas para inibir a ação das quadrilhas. “Estamos aguardando o cronograma dos bancos para a instalação de dispositivos como alarme sonoro e fumaça”, disse Mesquita à assessoria de imprensa da secretaria. Ain da de acordo com a pasta, representantes dos bancos se reuniram na Sesp e comprometeram a apresentar um cronograma de instalação de dispositivos de segurança nos caixas eletrônicos.
De acordo com Soares, no entanto, faltam investimentos dos bancos em segurança. “Eles preferem esvaziar os caixas e deixar a população sem dinheiro que investir em segurança. Claro, eles têm seguro”, criticou.
Maçarico
A Sesp também divulgou o número de tentativas de violação dos caixas eletrônicos com uso de maçaricos, furadeira, pé-de-cabra e macaco hidráulico.Esse tipo de crime caiu 55% em 2015. Foram 128 registros no ano passado, enquanto em 2014 chegou a 286.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora