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Os funcionários da Syngenta Seeds, que reocuparam a fazenda de Santa Tereza do Oeste em nome da empresa nesta quinta-feira (19), afirmam que a propriedade foi bastante danificada durante os 16 meses de ocupação da área por sem-terra. Os manifestantes, que chegaram à fazenda em março de 2006, deixaram o local na quarta-feira.

Segundo Andreomar Kurek, pesquisador que trabalha na empresa há cinco anos, muitas árvores foram cortadas, computadores sumiram, móveis foram destruídos e máquinas e implementos agrícolas foram sucateados. "Algumas máquinas que ficaram foram encontradas sem rodas, sem motor e até sem fiação elétrica", relata.

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"Houve perdas e atrasos no cronograma das pesquisas, certamente. Mas só teremos conhecimento dos prejuízos dentro de mais alguns dias", diz. Kurek explica que esse levantamento depende também da empresa seguradora, que precisará fazer uma vistoria para emitir seu laudo.

Na quinta ainda, a Syngenta contestou as informações divulgadas pelo presidente da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar), Valdir Izidoro Silveira, de que "há risco efetivo de contaminação ambiental por mutações genéticas", caso a multinacional volte a realizar pesquisas com transgênicos na unidade.

O gerente de relações institucionais da Syngenta, em São Paulo, Guilherme Landgraf Neto lembra que "todas essas questões sobre biossegurança já foram discutidas pelo órgão competente para o tema, que é a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, a CTNBio". Landgraf reitera que a estação de experimentos da Syngenta em Santa Tereza do Oeste "tem todas as autorizações necessárias" e descarta qualquer possibilidade de contaminação ambiental.