Um filhote de mutum-de-alagoas, ave que está extinta em ambiente selvagem, nasceu no Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, na última segunda-feira (26). O nascimento não foi fácil – o passarinho precisou da ajuda de biólogos para conseguir quebrar a casca do ovo e ainda luta para sobreviver –, mas é motivo de comemoração: esse é o primeiro filhote da espécie a nascer em um zoológico.
1 de 6
Nascimento de mutum-de-alagoas no Parque das Aves foi o primeiro caso registrado em um zoológico
2 de 6
Filhote de ave não consegui quebrar a casca do ovo sozinho
3 de 6
O médico veterinário italiano Lorenzo Crosta, especialista em aves e consultor do Parque das Aves, ajudou no processo de eclosão
4 de 6
Mesmo com uma ajudinha, o filhote não conseguiu sair do ovo por conta própria
5 de 6
Ele nasceu fraco e debilitado, mas logo recebeu os primeiros cuidados
6 de 6
A equipe do Parque das Aves está de olho no passarinho, que ainda requer cuidados e pode não sobreviver
A diretora técnica do Parque das Aves, Yara Barros, contou que o filhote estava muito fraco, por isso precisou de ajuda para sair do ovo. “Como ele estava muito debilitado, recebeu fluidos e primeiros cuidados. Ainda não sabemos se ele vai sobreviver, mas há chances, pois está se recuperando rapidamente, sob os cuidados da nossa equipe”, contou.
A ave
O mutum-de-alagoas é uma espécie típica da Mata Atlântica nordestina, mas foi dizimado, por causa da caça e da derrubada da floresta para o plantio de cana-de-açúcar. Na final da década de 1970, um criador resgatou os três últimos exemplares da ave e, desde então, há um esforço para reproduzir a espécie em cativeiro. Atualmente, há 230 mutum-de-alagoas em todo o mundo.
O Parque das Aves entra na história porque recebeu, em junho de 2015, dez casais dessa ave, para contribuir com o programa de conservação da espécie. Uma das razões da escolha do parque foi o sucesso obtido na criação de outras espécies de mutum, inclusive ameaçados de extinção, como o mutum-de-sudeste. A intenção do plano de conservação da espécie é a de aumentar a população dessas aves para reintroduzi-las na natureza dentro dos próximos dois anos.
