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O funcionário de uma padaria de São Paulo que matou um empresário durante uma discussão e briga se entregou na noite de quarta-feira (30) à Polícia Civil. Segundo os policiais e sua advogada, ele disse que agiu em legítima defesa quando esfaqueou o cliente na frente da padaria Dona Deôla, em Higienópolis, no domingo (27).

Eduardo Soares Pompeu estava foragido desde a data do crime, quando matou o empresário Dácio Múcio de Souza Júnior, de 29 anos. Ao se apresentar às 23h30 no 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, ele foi preso e indiciado pelo crime de homicídio doloso, com intenção de matar. Meia hora antes, a Justiça havia decretado a prisão temporária do suspeito por 30 dias.

Cinco dias antes do crime, Pompeu havia trocado ofensas com a estudante Nathalia Curti de Souza, irmã do empresário. "Ele agrediu a gente verbalmente e eu voltei lá para conversar com o superior dele, para que falassem com ele", disse a mulher durante a semana.

O funcionário chegou ao DP com a cabeça coberta e as mãos algemadas, acompanhado da sua advogada Adriana Uwada Ueda, que negociou com os policiais a apresentação de Pompeu. Ele, no entanto, não quis falar com a imprensa.

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De acordo com Adriana, seu cliente afirma ter agido em legítima defesa. Ele teria sido agredido fisicamente pelo empresário, que, segundo o suspeito, pediu para a irmã dele buscar um revólver no carro. Foi quando o segurança decidiu usar a faca.

"O xingavam de baiano, galo", disse a advogada. "Ele foi agredido com dois tapas na cara. O pegaram pelo colarinho do uniforme da Dona Deola. Ele pensou que a arma seria mais rápida. E então ele pensou: ‘antes ele do que eu’. Talvez tenha sido isso."

Pompeu não andava armado e não era segurança. Trabalhava havia dois anos na padaria orientando o público. Segundo a advogada, na madrugada do crime, o empresário foi duas vezes à padaria. E foi no intervalo de uma das discussões que Pompeu pegou uma faca de cerca de 30 centímetros que era utilizada para cortar laranjas. A faca usada no crime não foi encontrada.

A advogada do suspeito disse que vai entrar com um pedido de habeas corpus na Justiça para que o funcionário aguarde o julgamento em liberdade.

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