Com o estado sendo afetado por recentes chacinas e violência praticada por policiais, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo mudou o comando das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), grupo de elite da Polícia Militar. O tenente-coronel Alexandre Gaspar Gasparin deixou o comando da Rota no último fim de semana, sete meses após assumir o cargo, em fevereiro. Em seu lugar, ficará o coronel Alberto Sardilli, que comandava a cavalaria da PM.
Além da chacina de 13 de agosto em Osasco, em que 19 pessoas foram mortas - o único suspeito preso é um PM -, há 11 policiais militares detidos por suspeita de executarem dois homens detidos no Butantã, zona oeste de São Paulo, no último dia 7 de setembro. Os policiais serão processados e expulsos da PM. No último fim de semana, quatro entregadores de pizza foram assassinados em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Policiais também estão entre os suspeitos.
Em vídeo, comandante da PM diz que não aceitará mortes sem necessidade
Leia a matéria completaSegundo reportagem do Bom Dia Brasil, da TV Globo, nesta segunda-feira (21), a Secretaria da Segurança Pública não atribui a troca de comando aos casos de policiais envolvidos em crimes.
Um levantamento da Ouvidoria da Polícia Militar, divulgado pela TV Globo, mostra que 571 pessoas foram mortas em operações policiais de janeiro a agosto de 2015 no estado de São Paulo. Em todo o ano de 2014 foram 838 vítimas. Já em 2013, 562. A chacina do último fim de semana foi, segundo levantamento da emissora, a 15ª na região metropolitana de São Paulo desde o início do ano. Setenta e três pessoas já foram mortas em chacinas em 2015.
No dia 13 de agosto de 2015, 18 pessoas foram mortas e sete ficaram feridas em ataques realizados por indivíduos armados em 10 lugares próximos, em um espaço de tempo de ao menos três horas, nas cidades de Barueri e Osasco, vizinhas de Carapicuíba, na Grande São Paulo. Uma adolescente de 15 anos, que havia sido baleado nos ataques, morreu dia 27 de agosto e se tornou a 19ª vítima da chacina.
A principal hipótese apontada pela Secretaria da Segurança Pública é a de que policiais militares e guardas civis metropolitanos tenham cometido os crimes como vingança pela morte de um PM e de um guarda.
No caso do Butatã, vídeos mostraram os policiais na ação em que os dois presos morreram – um deles foi jogado do telhado de uma casa e depois levou tiros, o outro levou dois tiros quando já estava dominado.
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