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tiroteio no alto da glória

Governador diz que PMs não deveriam ter removido jovens baleados

Após decretar que apenas o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) faça o atendimento e a remoção das pessoas feridas em confrontos armados com a polícia, o governador Roberto Requião (PMDB) afirmou que a ação dos PMs no tiroteio que acabou com a morte de cinco jovens, na madrugada da última sexta-feira (11), no Alto da Glória, foi conduzida de maneira errada.

Os próprios policiais levaram os jovens feridos ao Hospital Cajuru. Os cinco chegaram mortos ao local. "Cinco pessoas mortas num confronto é um número excessivo. Pode ser que a polícia tenha razão neste caso, se diz que os meninos dispararam 16 tiros, já tinham assaltado uma padaria antes, mas, com esta remoção por parte da polícia, nós nunca chegaremos a uma conclusão", disse Requião em entrevista ao telejornal ParanáTV, 2.ª edição.

Nesta terça-feira (15) foi reconhecido o último corpo dos jovens que estava sem identificação no Instituto Médico Legal (IML). As famílias dos outros quatro ainda não entendem porque os jovens foram mortos. Todos moravam na Vila Liberdade, em Colombo, na região metropolitana. "A polícia não poderia ter matado eles. Se eles queriam prender que dessem um tiro só para assustar", disse Lenir de Freitas, mãe de um dos jovens mortos, ao telejornal.

O confronto

Segundo a PM, o grupo de cinco jovens passou a ser perseguido depois de ser flagrado em um Wolkswagem Gol roubado no bairro Santa Cândida. No Alto da Glória, o veículo teria furado uma barreira policial montada por uma equipe da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam). Pouco depois, o carro bateu em uma mureta. Os suspeitos desceram e pularam o muro de um terreno para sair do outro lado da quadra, mas acabaram cercados pela polícia. Na troca de tiros, os cinco jovens foram baleados e levados ao Hospital Cajuru, aonde chegaram mortos.

Transporte polêmico

O transporte dos rapazes baleados para o hospital foi realizado pelos próprios policiais. De acordo o coronel Jorge Costa Filho, comandante do policiamento da capital, isso aconteceu para que eles fossem atendidos o mais rapidamente possível.

Investigação

Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto na sexta-feira (11) para investigar a conduta das autoridades na ação que resultou na morte dos cinco jovens. Os PMs estão afastados das funções até que a apuração sobre o caso esteja completa. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (Sesp), este é um procedimento normal depois de confrontos entre policiais e bandidos.

A investigação será acompanhada pelo Ministério Público do Paraná (MP) e tem 40 dias de prazo para ser encerrada, mas pode ser prorrogada por mais 20 dias se o Comando de Policiamento da Capital julgar necessário.

Qual a sua opinião sobre a medida tomada pelo governo estadual, para que apenas o Siate remova os feridos em confrontos com policiais?

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