O governo anunciou uma ofensiva contra a falsificação e o contrabando de remédios. A partir do ano que vem, um código nas embalagens vai permitir que os medicamentos sejam rastreados da fábrica até o consumidor.

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As fronteiras com a Bolivia e o Paraguai são as principais portas de entrada dos medicamentos contrabandeados no país. Só até outubro deste ano, foram 444 mil unidades apreendidas –mais do que em todo o ano passado.

"São produtos de pequeno tamanho, pequeno volume, que tanto trazem em carros pequenos ou grandes, como em onibus, quando vão em excursões como pessoas que atravessam a fronteira. Às vezes até no próprio bolso [as pessoas] podem trazer esse tipo de medicamento", diz o chefe de Divisão de Saúde da Polícia Rodoviária Federal, Lejandre Monteiro.

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A maior preocupação do governo é que os remédios que entram ilegalmente no país. Muitas vezes vêm de fabricas clandestinas, sem nenhum controle sanitário. E mesmo quando são legais em outros países, podem não ser autorizados aqui no Brasil. Sem contar que as condições de armazenamento e transporte tambem podem prejudicar a saúde do consumidor.

Os produtos preferidos pelos contrabandistas são os antidepressivos, inibidores de apetite, anabolizantes e remédios contra impotência.

Com as mudanças previstas, as embalagens vão ter um código. Antes de comprar, o consumidor vai poder conferir o nome do fabricante, do distribuidor, do medicamento e o destino para o qual o remédio deveria ter sido enviado. A medida pode ajudar no combate ao roubo de cargas.

A orientação para o consumidor é só comprar produtos com nota fiscal, embalagens não violadas e em locais confiaveis. O Ministério da Justiça recomenda que não se compre um remédio quando houver uma diferença de preço muito grande em relação ao preço normal, nem adquirir produtos de sacoleiros, camelôs ou em feiras livres.

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