Grávida que parou Osório se apresenta à polícia e fica em silêncio

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Emanuélli Gabardo, a grávida que parou a praça Osório com uma arma de fogo, decidiu não falar em seu depoimento ao 1º Distrito Policial. Emanuélli compareceu na delegacia na sexta-feira (15) e apresentou um atestado médico de que estava em tratamento psiquiátrico até o dia anterior.

Segundo o delegado Rinaldo Ivanike, que preside o inquérito, a investigação deve ser concluída até o dia 5 de setembro, um mês depois de aberto. Os próximos passos da investigação policial será periciar os veículos danificados por Emanuélli em sua fuga do cerco policial. A grávida bateu em uma moto que por sua vez caiu sobre um carro, ambos de propriedade da Polícia Militar. "Estamos aguardando a PM periciar os veículos por conta ou nós mesmos vamos pedir a perícia", diz Ivanike.

O delegado descarta a possibilidade de Emanuélli estar sendo acobertada pelo fato de ser filha de policiais militares. "A PM apresentou um dossiê muito bom com fotografias, inclusive do momento em que ela [Emanuélli] atropela a moto", afirma Ivanike. Outras testemunhas serão ouvidas ao longo da semana.

Emanuélli será indiciada por porte ilegal de armas agravado pelo fato da arma ser de uso restrito da polícia –é de propriedade e responsabilidade da mãe, Silvana Gabardo, que também será intimada a comparecer na delegacia- e disparo em via pública.

A Polícia Militar abriu inquérito interno para apurar a responsabilidade da família de Emanuélli. A jovem já havia demonstrado desequilíbrio ao pegar uma arma e ameaçar tirar a própria vida em sua casa no bairro Xaxim, uma semana antes de parar a Osório, segundo familiares.

Entenda o caso

No dia 4 de agosto, Emanuélli mobilizou policiais civis e militares durante mais de quatro horas na Praça Osório, enquanto ameaça se matar por causa do fim de um relacionamento com seu namorado. Por volta das 20h, ela furou um bloqueio policial se chocando contra uma moto da PM. A polícia perseguiu a mulher com viaturas descaracterizadas. No final da noite ela entregou a arma para a mãe. A família seguiu diretamente para a clínica de tratamento psicológico, que não teve a localização divulgada.