A greve dos professores de instituições federais de ensino superior, iniciada dia 28 de maio, contabiliza nesta quinta-feira (11) a adesão de docentes de 25 das 63 universidades federais e de um instituto federal. Entre os técnicos-administrativos, a paralisação atinge 58 universidades – entre elas, a UFPR – e três institutos federais. As informações são da Agência Brasil.
Os dados foram divulgados pelo Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).
O presidente da Andes-SN, Paulo Rizzo, explicou que não há previsão para o encerramento da paralisação. Segundo ele, o Ministério da Educação não cumpriu um acordo firmado com a categoria em 2012 e não apresentou proposta de negociação para a pauta de reividicações.
“Não gostaríamos que tivesse greve. O tempo de paralisação dependerá do governo. Queremos que chamem para negociar. Tememos que a greve seja longa”, acrescentou.
A opinião é compartilhada pelo coordenador geral da Fasubra, Rogério Marzola. “Enquanto não nos apresetarem uma proposta, não tem horizonte para o fim da greve”, explicou. Para Marzola, antes da paralisação a federação encaminhou ofícios ao MEC com a pauta de reivindicação dos técnicos-administrativos.
As principais reivindicações dos professores são a reestruturação da carreira, garantia de financiamento público estável e suficiente às instituições e abertura de concursos público. A pauta dos técnico-administrativos inclui reposição salarial de 27,3%, aprimoramento da carreira, com correção das distorções, piso de três salários mínimos e fim da terceirização.
De acordo com professores e técnicos, o movimento ganhou força após o anúncio dos cortes no Orçamento. A área de educação foi uma das mais penalizadas, com o contingenciamento de R$ 9,423 bilhões.
Na véspera da paralisação, o MEC divulgou nota criticando a decisão pela greve. Representantes do ministério esclareceram que o movimento só faria sentido “quando estivessem esgotados os canais de negociação”. Na quarta-feira (10), em audiência pública no Senado, o ministro Renato Janine reafirmou que a pasta está aberta ao diálogo.
Na terça-feira (9), o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão informou, por meio de nota, que uma contraproposta para as instituições federais de ensino será apresentada até o fim de junho. Essa contraproposta faz parte do contexto das negociações realizadas com o conjunto do funcionalismo público.
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