A greve nacional dos trabalhadores dos Correios pode estar perto do fim. Uma reunião entre o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) discutiu a proposta do governo federal que propõe um reajuste de 8,5% imediato, mais 3.61% em fevereiro de 2005 e um abono salarial de R$ 800,00 aos representantes dos grevistas.
Sete membros do comando de greve estiveram presentes e são autorizados pelos trabalhadores para negociar um acordo. os 33 sindicatos espalhados por todo o país têm até as 14h desta quarta-feira para votar em assembléia se acatam ou não a proposta de reajuste. Para que haja o acordo, dois terços dos sindicatos devem votar pelo "sim".
De acordo com Fernando César de Oliveira, assessor de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Paraná (Sintcom), os trabalhadores paranaenses estão orientados a rejeitar a proposta de governo. "Enviamos ao comando de greve nossa autorização para que seja feita uma contra-proposta aos patrões. Do jeito que está, não estamos satisfeitos".
Serviços
Apenas duas agências dos Correios continuam fechadas no Paraná. Em Guarapuava e Paranaguá, manifestantes insistem em dificultar os trabalhos da empresa.
Os serviços urgentes continuam sendo prioridades para os Correios. Sedex, contas e encomendas recebem atenção especial dos carteiros e responsáveis pela distribuição. A adesão dos funcionários, segundo a assessoria de imprensa dos Correios, é de apenas 30% e está reduzindo a cada dia.
Passeata
Cerca de 500 trabalhadores dos Correios participaram de uma passeata pelas ruas de Curitiba nesta terça-feira. Com faixas e muito fôlego, os manifestantes entoavam gritos pedindo reajuste nos salários. Os grevistas saíram da sede estadual dos Correios, no bairro Rebouças, até a Assembléia Legislativa.
No interior do estado
As passeatas e manifestações dos trabalhadores dos Correios aconteceram em várias cidades do interior do Paraná. Em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, cerca de 30 funcionários participaram da passeata. Em Cascavel, 60 carteiros se mobilizaram e em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, foram cem manifestantes.
Segundo os Correios, cerca de 150 mil correspondências estão acumuladas em agências do interior.
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