A greve dos professores e servidores da rede estadual de ensino continua. A expectativa é de que uma terceira rodada de negociações com o governo estadual ocorra nesta segunda-feira (23) e que logo depois uma assembleia geral possa ser marcada para avaliar as propostas que resultarem do encontro.
Ainda assim, há uma série de atos programados até, pelo menos, quarta-feira (25) em todo o estado (leia mais nesta página). “Nós podemos retornar à sala de aula, mas não temos nem condições para isso enquanto alguns dos nossos pedidos não forem atendidos”, explica a professora e diretora da APP-Sindicato Valci Maria Mattos .
A professora aposentada Natalia dos Santos da Silva acompanhou a greve desde o começo e explica que é preciso força para resgatar as conquistas de gerações de magistério ameaçadas pela atual gestão. “É algo que nunca aconteceu, o setor todo foi atingido”, afirma.
A APP-Sindicato continua insistindo no pagamento único do terço de férias – o governo estadual quer quitar o débito em duas parcelas (março e abril). A categoria também exige a imediata abertura de programas e projetos nas escolas, a nomeação de mais 463 professores aprovados em concurso e a posse dos mil pedagogos, conforme prometido pela Secretaria de Estado da Educação (Seed).
As outras reivindicações são a revogação da normativa que suspendeu as licenças para 2015, a garantia da realização do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) para agosto, a liberação de licenças que estão suspensas temporariamente e a nova distribuição de aulas – inclusive para os temporários, contratados via regime PSS, que estão sendo obrigados a pegar 26 aulas para a efetivação do contrato. A exigência é que estes professores possam assumir menos aulas.