A greve na rede estadual de ensino do Paraná, que completam 30 dias nesta terça-feira (26) e as paralisações retomadas pelas universidades estaduais ainda no início de maio já começam a impactar a definição e o cumprimento dos calendários de vestibulares das instituições de ensino superior do Paraná. Até o momento, as universidades estaduais de Londrina (UEL) e do Centro-Oeste (Unicentro) confirmaram a suspensão da realização dos vestibulares de inverno e verão de 2015/2016. Já a Universidade Estadual de Maringá (UEM) suspendeu as seleções de inverno e de ensino à distância, mas ainda não decidiu o que fazer sobre o vestibular de verão.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) ainda não votou a suspensão do seu vestibular de inverno, programado para os dias 12 e 13 de julho, mas deve aderir à decisão das demais instituições. A seleção de verão ainda está mantida.
As universidades estaduais do Norte do Paraná (Uenp) e do Oeste (Unioeste), por sua vez, informaram não ter a data de aplicação de seus vestibulares definida. As instituições confirmaram que devem aguardar o encerramento da greve da rede básica de ensino para só então avaliar o calendário escolar e definir as datas para realização das provas.
A Universidade Estadual do Paraná (Unespar) informou não ter um posicionamento oficial sobre possíveis alterações na realização do vestibular porque a instituição não aplica o concurso de inverno.
Ano letivo de 2016 pode começar tarde
A paralisação que também atinge as universidades estaduais do Paraná resultou na suspensão dos calendários acadêmicos de todas as instituições e isso pode significar o atraso do início do ano letivo de 2016.
De acordo com o reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Mauro Luciano Baesso, a instituição estima que se as aulas forem retomadas até a próxima semana, seria possível encerrar o ano letivo em meados de janeiro de 2016, de modo a não retardar muito o início do calendário acadêmico de 2016. “Mas algum deslocamento vai ter”, confirmou.
Aldo Nelson Bona, reitor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), disse que ainda não há previsão para o início do próximo ano letivo pois não há clareza sobre a duração do movimento grevista. “Se as aulas das faculdades iniciarem no mês de junho, temos condições de planejar o início do ano letivo de 2016 para final de março ou início de abril.”
Para que as aulas do próximo ano letivo não comecem muito tarde, algumas universidades começam a estudar alternativas. Carlos Luciano Sant´Ana Vargas, reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), explicou que a instituição discute a possibilidade de cumprir parte do conteúdo programático à distância. “A lei permite que 20% da carga horária do curso seja ofertada por meio dessas tecnologias. Estamos estudando essa alternativa para não precisar avançar muito em 2016”, disse.
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O motivo alegado por todas as universidades para a suspensão dos vestibulares é o mesmo: evitar que os alunos da rede pública que venham a disputar uma das vagas oferecidas pelas instituições sejam prejudicados. Veja como cada universidade se posicionou:
A Universidade Estadual de Londrina (UEL) decidiu suspender o período de inscrições para o vestibular da instituição, definido para os dias 10 de agosto a 10 de setembro. O impacto concreto sobre a realização do vestibular permanece indefinido. A reitora da UEL, Berenice Jordão, argumentou que não havia como adiar o vestibular porque a data da prova sequer estava marcada.
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) suspendeu a realização dos vestibulares de inverno e do Ensino a Distância, previstos inicialmente para os meses de junho e julho. Ainda não há nova data para a aplicação das provas. A aplicação do vestibular de verão, geralmente realizado entre novembro e dezembro, ainda não foi comprometida.
“O conselho levou em consideração dois aspectos. Primeiro, o movimento de greve no ensino superior dificulta a aplicação das provas. Em segundo, avaliamos que os estudantes do terceiro ano praticamente não tiveram aula em 2015 e não teriam as mesmas condições de realização das provas que os demais candidatos”, explicou o reitor Mauro Luciano Baesso. O posicionamento da UEM é manter o adiamento do vestibular até que a reposição das aulas perdidas esteja garantida.
A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) confirmou a suspensão dos dois concursos vestibulares, de inverno e verão, programados inicialmente para agosto e dezembro. Novas datas serão definidas apenas após o encerramento da greve da rede básica de educação e em consonância com o calendário escolar.
“A universidade já havia tomado a decisão administrativa de não realizar o vestibular de agosto. A suspensão do concurso de dezembro foi decidida porque cerca de 80% dos nossos alunos são egressos de escolas públicas. Se mantivéssemos a realização do vestibular em dezembro, muitos alunos seriam prejudicados. Adiar é a alternativa que causa menos prejuízo à maior clientela da instituição”, justificou o reitor Aldo Nelson Bona.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) informou ainda não ter um posicionamento oficial sobre a suspensão do vestibular de inverno, programado para os dias 12 e 13 de julho. O reitor, Carlos Luciano Sant´Ana Vargas, no entanto, confirmou que a decisão será tomada nos próximos dias e que um parecer favorável ao adiamento do concurso está em trâmite.
“A melhor alternativa é adiar. Assim que tivermos decidido, divulgaremos para tranquilizar os alunos. Não vamos definir nova data em um primeiro momento porque isso depende do encerramento da greve. Tão logo as aulas retornem e os alunos possam ter acesso ao conteúdo, remarcaremos a aplicação das provas”, explicou Vargas. Não há previsão de alteração das datas do vestibular de verão.
A reitora da Uenp, Fátima Aparecida da Cruz Padoan, explicou que o calendário acadêmico da instituição está suspenso e que não há data definida para a realização do vestibular. “Nós não tínhamos essa data estipulada, então vamos apenas aguardar o retorno das aulas na rede básica de educação para avaliar a melhor data para a realização das provas. Queremos garantir que os alunos tenham efetivamente 200 dias letivos para que tenham as mesmas condições de concorrência”, disse.
A Universidade Estadual do Paraná (Unespar) informou não ter um posicionamento oficial sobre possíveis alterações na realização do vestibular porque a instituição não aplica o concurso de inverno. “A princípio, apenas o calendário acadêmico está suspenso. Vamos respeitar o movimento de greve e definir qualquer mudança após o encerramento da paralisação”, disse Aurea Andrade Viana de Andrade, chefe de gabinete da reitoria.
De acordo com Marco Silveira, diretor de concurso vestibular da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, a instituição não havia definido data para a aplicação das provas do vestibular de verão. Como a Unioeste não aplica vestibular de inverno, a decisão sobre o processo seletivo do fim do ano ainda não foi tomada. “A instituição discute internamente a questão do vestibular. O calendário letivo foi suspenso, mas o vestibular ainda não está comprometido.
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