Reivindicações
Entre as mais de 70 categorias que participam da greve, há reivindicações específicas. Mas, em linhas gerais, os servidores pedem reposição salarial referente à inflação e um calendário para retomar o pagamento dos avanços de qualificação, que estariam congelados desde janeiro.
Em seus posicionamentos, a prefeitura sempre reforça que a arrecadação de Araucária caiu em mais de R$ 50 milhões desde o início do ano, ao mesmo tempo em que o índice da folha de pagamento dos servidores ultrapassou o limite de 51,3% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. O órgão alega não ter condições financeiras de conceder o reajuste neste momento, mas ofereceu aumento a partir do ano que vem.
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Funcionários públicos de Araucária entram no nono dia de greve nesta quinta-feira (12). Em uma reivindicação por maiores salários, a categoria promove uma paralisação que afeta os serviços públicos da cidade da Região Metropolitana de Curitiba desde o dia 4 de setembro. Saúde, educação e segurança têm atendimento em ritmo lento e funcionários de algumas secretarias também aderiram ao movimento.
Maria Luiza Feliciano de Souza, diretora do Sindicato dos Funcionários Públicos de Araucária (Sifar), é pessimista quanto a uma estimativa de retorno às atividades. "O prefeito [Olizandro Ferreira] teve a chance de acabar com o movimento ontem. Pela manhã, ele sinalizou uma proposta, que iria apresentar às 16 horas, mas à tarde sumiu da cidade e ninguém conseguiu mais falar com ele".
A dirigente cita que o movimento nesta quinta (12) segue com ações para tentar conquistar o apoio da população à greve. "As pessoas às vezes ficam nervosas com o movimento, começa a demorar o atendimento. Estamos elaborando um jornal para distribuir nas escolas, nos postos de saúde e nos bairros para mostrar o descaso que há com a cidade".
Desde a última sexta-feira (6), a Justiça determinou que 50% dos funcionários públicos de Araucária compareçam normalmente aos seus postos de trabalho. Maria Luiza diz que a alternativa encontrada para cumprir a decisão judicial foi trabalhar em meio período. "Nas escolas, por exemplo, tem aula até a hora do recreio. A orientação é para todo mundo ir, mas trabalhar apenas metade do expediente".
Apesar dessa orientação, segundo Maria Luiza, em alguns locais as aulas continuam prejudicadas. O transporte para levar os alunos a escolas, por exemplo, impede alguns estudantes de comparecerem aos estabelecimentos de ensino. Além disso, a coordenação de alguns colégios suspende as aulas, mesmo com a maioria dos funcionários estando presentes.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Araucária nesta manhã e aguarda retorno com informações sobre a greve.
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