Professores e pedagogos da rede municipal de ensino de Curitiba decidiram, em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (11), manter a paralisação da categoria iniciada hoje. A confirmação pela continuidade do movimento veio após reunião realizada entre o sindicato da categoria (Sismmac) e representantes da prefeitura da capital, que terminou sem acordo entre as partes.
A reivindicação da classe é antecipar o prazo definido para a implantação do plano de carreira dos professores, com migração total prevista para daqui a dois anos. Alegando não haver dinheiro disponível que viabilize a redução do prazo, a prefeitura disse que não tem como atender ao pedido.
Assim, o impasse mantém o ensino prejudicado na capital por, pelo menos, mais um dia. De acordo com o Sismmac, 70% das escolas geridas pelo município estão sem atividades. Pela manhã o número passado foi de 90% de escolas fechadas, mas a informação foi corrigida durante a tarde. A assessoria de imprensa do Sismmac informou que os números da greve permaneciam, até as 16 horas, os mesmos que os apurados no início da manhã, já que os dados da tarde ainda não foram fechados.
Por outro lado, a Secretaria de Educação disse, pela manhã, que a adesão afeta 50% das escolas municipais. Procurada, a pasta informou que retornaria com os dados atualizados - o que não havia ocorrido até as 17h15. Anteriormente, o órgão havia informado também que 45% dos profissionais das escolas municipais aderiram à greve e que 37% dos estudantes estavam sem atendimento.
Desconto para professores faltantes
O encontro começou por volta das 14 horas e foi conduzido pelo secretário do Governo de Curitiba Ricardo Mac Donald. Com a manutenção da greve, o secretário informou, em entrevista coletiva, que, a partir desta terça-feira (12), professores e pedagogos que não comparecerem ao trabalho terão os dias descontados da folha de pagamento.
Manifestação pela cidade
Pela manhã, professores e pedagogos se reuniram na Praça Eufrásio Corrêa, no Centro. Depois de participarem de uma parte da sessão na Câmara Municipal, os professores seguiram em direção à Praça Nossa Senhora da Salete, onde chegaram por volta das 11h50. Os manifestantes passaram pelas ruas Marechal Floriano Peixoto e Marechal Deodoro, pela Praça Tiradentes e seguiram pela Avenida Cândido de Abreu.
À tarde, enquanto a diretoria do sindicato e representantes da prefeitura estavam reunidos, a manifestação chegou a bloquear o trânsito na rotatória da Avenida Cândido de Abreu com a Rua Ernani Santiago de Oliveira.