Entidades favoráveis à abertura da Avenida Paulista vão aproveitar a Virada Sustentável, evento que ocorre no próximo domingo (30) para pressionar pelo fechamento da via para veículos em definitivo aos domingos. Organizado pelas ONGs Rede Minha Sampa, SampaPé e Ciclocidade, o ato “Paulista Aberta” é um convite à ocupação da Avenida e tem início às 9h.
A concentração é na Praça do Ciclista e a previsão é que os participantes caminhem até o Parque Trianon. A expectativa é que pelo menos 200 pedestres se juntem à pedalada da Virada Sustentável, que já terá o apoio da Companhia de Engenharia do Tráfego (CET). A Prefeitura de São Paulo ainda não confirmou se a Paulista será fechada neste domingo. O prefeito Fernando Haddad (PT) já havia sinalizado que poderia ocorrer o fechamento definitivo no final de semana seguinte à inauguração da ciclovia na Bernardino de Campos.
O evento no Facebook tem 1,4 mil confirmações e a descrição convida: “Venham com suas cangas, cadeiras, patins, patinete, bicicleta, tênis, descalço, para pintar, desenhar, tomar sol, curtir”. Durante o ato, membros das ONGs vão realizar uma pesquisa de opinião com comerciantes da Avenida Paulista para investigar se as vendas foram prejudicadas nos testes de fechamento da Paulista, nos dias 28 de junho e 23 de agosto. Esta é a principal crítica da Associação Viva Paulista, que tem reclamado dos impactos econômicos causados nos domingos de bloqueio da Avenida.
Segundo o coordenador de mobilizações da Minha Sampa, Guilherme Coelho, o objetivo é mostrar que a abertura da Paulista é uma demanda da sociedade civil e que a ideia nasceu da população, e não da Prefeitura de São Paulo. Um grupo de coletivos, encabeçado pela Rede Minha Sampa e SampaPé, estão liderando a ação Paulista Aberta. “O Movimento da Paulista Aberta foi a nossa primeira mobilização. Desde 2014, junto com a SampaPé, estamos negociando e conversando com a Prefeitura. Não é uma proposta que vem da Prefeitura, nem é uma ideia que nasceu do nada e sequer é marqueteira”, disse Coelho. “Somos apartidários, mas defendemos uma cidade mais viva, que seja mais para as pessoas. O pedestre precisa ter mais espaço, voz e vez”, afirma.