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Uma nova reunião entre Prefeitura e grevistas deve ser realizada nesta semana | Adriano Ribeiro
Uma nova reunião entre Prefeitura e grevistas deve ser realizada nesta semana| Foto: Adriano Ribeiro
  • Sismuc aguarda nova proposta do prefeito, que garante apenas nova reunião

O comando de greve dos guardas municipais foi recebido pelo prefeito Beto Richa, na tarde desta segunda-feira (22), na Câmara Municipal, instantes antes da sessão legislativa. Após a apresentação das reivindicações dos grevistas, uma nova reunião foi agendada para a tarde de terça-feira (23). Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), a Prefeitura se comprometeu a apresentar, já na próxima reunião, uma nova proposta à categoria. A Prefeitura, no entanto, garante apenas que vai receber novamente os guardas municipais, mas que não vai, necessariamente, apresentar uma nova oferta.

Para o Sismuc, a audiência com Richa pode ser considerada uma vitória que comprova a força do movimento grevista. O sindicato chegou a divulgar em sua página na internet uma nota afirmando que "os guardas arrancaram uma nova proposta para amanhã" (terça-feira). A entidade ressalta que esta foi a primeira vez que o prefeito recebeu a categoria para negociações.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Prefeitura confirmou que vai voltar a se reunir com o comando de greve, mas ressaltou que isso não quer dizer que uma nova proposta vá ser apresentada aos guardas municipais. A Prefeitura disse estar aberta ao diálogo, mas considerou que já apresentou uma boa proposta à categoria.

Na Justiça

O Sismuc informou que recorreu da decisão do juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública, Roger Vinícius Pires de Camargo Oliveira, que, na sexta-feira (19), proibiu a greve dos guardas municipais, sob pena de multa diária de R$ 10 mil ao sindicato. A entidade se respalda no direito de greve do serviço público e pede que decisão judicial – inclusive a multa – seja anulada.

Para a Prefeitura, o movimento grevista é ilegal e o serviço deve ser mantido integralmente à população, conforme determinou a Justiça. De acordo com a assessoria de imprensa, a Prefeitura reconhece o direito de manifestação da categoria, mas sem que isso interrompa ou afete os trabalhos dos guardas municipais.Manifestações e reivindicações

Apesar da probição da Justiça, nesta segunda-feira, os grevistas se reuniram na Praça Tiradentes, onde promoveram um apitaço para informar a população sobre a paralisação. Segundo o comando de greve, mais de 800 guardas participaram da ação. De lá, os manifestantes seguiram em passeata até o Hotel Bourbon – em frente à Biblioteca Pública do Paraná – onde o diretório estadual do PSDB definia Rica como pré-candidato ao governo do estado. Os grevistas também se manifestaram na Câmara.

Na manhã de terça-feira, um novo apitaço deve acontecer na Praça Tiradentes. De lá, os grevistas devem seguir para a frente da Prefeitura, onde aguardarão a reunião com o prefeito.

No final da tarde desta segunda-feira, o Sismuc ainda não havia fechado um balanço sobre a greve, mas classificava a adesão ao movimento como sendo "muito grande". A Prefeitura, no entanto, minimizou a participação dos guardas municipais, informando que 300 funcionários não assumiram seus postos de trabalho nesta segunda-feira. A decisão judicial determina que os guardas tenham os dias não trabalhados descontados em folha de pagamento.

A categoria reivindica piso salarial de R$ 1,3 mil, mais gratificação de 50% sobre o salário-base. A proposta da Prefeitura é de aumento real de 6%. Hoje o salário inicial é de R$ 710, mais 50% de gratificação de segurança, o que eleva a remuneração para R$ 1.066.

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