O teto do templo da Igreja Renascer que desabou no domingo (18) passou por uma reforma "total" entre setembro e novembro de 2008, sem autorização da Prefeitura, o que torna a reforma irregular. O imóvel também está com as vistorias de equipamentos de emergência atrasadas. Uma perita diz que contribuíram para a tragédia instalações irregulares, falta de manutenção adequada e cupins.

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A informação do deputado estadual José Antonio Bruno (DEM), bispo primaz da Igreja, é de que o telhado e as telhas foram trocados. Pela legislação municipal, o Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru) deveria ter sido informado previamente sobre a obra, o que não ocorreu, segundo a Secretaria da Habitação. O templo, portanto, estava irregular e passível de fechamento.

O presidente da Renascer, o deputado federal Geraldo Tenuta Filho (DEM-SP), o Bispo Gê, disse que o teto não oferecia perigo a manutenção era feita anualmente e ele "nunca permitiria a entrada de fiéis em um local condenado". Bispo Gê ainda anunciou que indenizará as famílias das vítimas. O promotor Ricardo Andreucci vai acompanhar o inquérito sobre o acidente, instaurado na 1ª Delegacia Seccional. Na segunda-feira, seis pessoas foram ouvidas.

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A igreja mostrou alvará de funcionamento expedido em 15 de julho de 2008, válido pelo período de um ano. O secretário de Habitação, Orlando Almeida, confirmou o alvará e ainda mostrou um laudo técnico assinado pelo engenheiro Carlos Alberto Freire de Andrade Neto atestando a segurança. Este documento, no entanto, é de 1999 - desde então nenhuma outra inspeção oficial foi feita na estrutura do telhado. O engenheiro Andrade Neto não foi localizado.