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A falta de viaturas para a coleta de corpos do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba fez com que familiares de uma vítima de homicídio tivessem de esperar por quase 18 horas para que o corpo fosse recolhido, durante o final de semana. Joel de Lima foi morto às 5h30 da madrugada de sábado, dia 19, no Jardim Esmeralda, em Colombo, mas só deu entrada no IML às 18 horas. Segundo os funcionários de plantão, a falta de viaturas e o número de homicídios no final de semana – 13 entre a manhã de sábado e a tarde de domingo –, foram os responsáveis pelo atraso, que tem sido frequentes nos últimos dias.

Mas a situação caótica do IML não é devida apenas à falta de viatura. Na última quinta-feira, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil seção Paraná (OAB-PR) fez uma vistoria no local e constatou também a falta de equipamentos, materiais básicos e de pessoal, estrutura precária da sala de radiologia, que provoca emissão descontrolada de radioatividade, e armazenamento inadequado de dezenas de corpos, que liberam chorume.

As denúncias foram relatadas ao diretor-geral do IML, o médico Porcídio Otaviano Milani. A maioria das falhas foi reconhecida pelo gestor. Ele negou apenas a existência de problemas na sala de radiografia, mas afirma que medidas emergenciais estão sendo tomadas para resolver os problemas. Entre elas estão a contratação de funcionários, a regularização do trabalho efetuado pelo IML e o pedido para que a prefeitura tome providências quanto ao espaço público para sepultamentos.

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