As investigações sobre o assassinato de um casal de advogados e uma agente da Polícia Civil, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, vão completar dez dias, na quinta-feira (8). O triplo homicídio aconteceu na noite de 28 de junho, em um condomínio de classe média, no bairro Borda de Campo.
Foram assassinadas três pessoas de uma mesma família: o advogado criminalista Teomar Piaceski, de 38 anos, morto com dois tiros na face; a mulher dele, Lidiane Cristine Cortes Muhlstedt, de 28 anos, que era advogada trabalhista, assassinada com dois tiros; e a mãe de Piaceski, Marli Salete Jacob Muller, de 54 anos, atingida por dois disparos: um na cabeça e outro na mão.
O caso, no entanto, continua sendo tratado como prioridade para a delegacia de São José dos Pinhais, responsável pelas investigações. Para não comprometer os trabalhos, o delegado Osmar Dechiche divulga poucas informações sobre as diligências. De acordo com ele, a polícia trabalha com três linhas de investigações. Suspeitos já foram identificados e as investigações, agora, se concentram no sentido de localizá-los.
Por enquanto, a polícia confirma apenas que o crime foi cometido por mais de uma pessoa e que pelo menos duas armas de fogo foram usadas no crime uma delas, calibre 45. Os assassinos tinham habilidades com os armamentos e a intenção deles foi execução, segundo o delegado.
Além disso, a polícia acredita que as pessoas que participaram do triplo homicídio também tinham a senha que dá acesso ao Condomínio Morada do Sol, onde se encontra a residência em que as vítimas foram mortas. A polícia, no entanto, descarta qualquer possibilidade de algum morador do condomínio ter facilitado a entrada dos assassinos ou ter participado do crime.
O crime
Além da brutalidade, outros elementos chamaram a atenção da opinião pública. Piaceski e Lidiane estavam casados há apenas 45 dias. Marli, mãe de Piaceski, trabalhava em Matinhos, onde atuava como agente de apoio da Polícia Civil, e estava em Curitiba para visitar o filho.
Os corpos das vítimas foram encontrados na manhã de terça-feira (29), pela empregada da família, mas o crime teria ocorrido às 20h30 do dia anterior. Piaceski foi morto no quarto do casal e estava recostado à parede. As mulheres morreram na cozinha. Na casa, a polícia encontrou cinco cápsulas deflagradas de arma calibre 45 e uma intacta de calibre ainda não identificado.
De acordo com o delegado, os assassinos entraram no condomínio em um carro. As investigações apontam que o veículo teria entrado na garagem do lote das vítimas e, por isso, a polícia pressupõe que alguém abriu o portão da casa para que os assassinos entrassem.
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