Ministro da Defesa Nelson concede entrevista coletiva sobre as buscas do Airbus: "Não foram encontrados corpos e sobreviventes. Não há dúvida nenhuma que a situação de queda é neste local"| Foto: Jamil Bittar / Reuters

Italiana que visitou o Paraná estava no voo

A consultora da EVERT, uma agência de desenvolvimento da região da Emilia-Romagna, na Itália, Claudia Degli Esposti, de 55 anos, estava no Voo 447 da Air France. Ela fazia parte de uma comitiva italiana que esteve no Paraná na semana passada a convite do Sebrae para conhecer projetos na área de vestuário em Curitiba, Imbituva e Maringá. O outro membro italiano da comitiva, Antonio Franceschini, executivo da confederação de empresas CNA – Federmoda, antecipou a volta para Europa e embarcou em outro voo.

Outros três passageiros que estavam no voo 447 da Air France, que desapareceu na costa brasileira nesta segunda-feira (1º), eram italianos que estiveram em uma missão oficial na cidade de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, durante a última semana.

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Veja as primeiras imagens das buscas ao avião da Air France

Telefones

A Air France colocou à disposição de familiares um telefone que centraliza informações sobre o acidente: 0800 881 2020 para o Brasil, 0800 800 812 para a França e + 33 1 57 02 10 55 para outros países.

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Imagem mostra mancha de óleo, que segundo a FAB, se estende por uma área de 20 quilômetros
Força Aérea Brasileira realiza buscas na área onde foram localizados os destroços
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Três Hercules da Força Aérea Brasileira deram início ao segundo dia de buscas ainda na madrugada desta terça-feira
Airbus A330-200, semelhante ao avião desaparecido da Air France
Das 228 pessoas que estavam a bordo do Voo 447, 58 seriam brasileiros, segundo a Air France
Da esquerda para a direita entre o círculo, os três passageiros do voo AF 447: Luigdi Zortea, prefeito de Canal San Bovo; Rino Zandonai, diretor da Associação Trentinos no Mundo (no centro); e Geovanni Batistta Lenzi, deputado da Província Autônoma de Trento
Luiz Roberto Anastácio, presidente da Michelin para a América do Sul, estava no voo 447
O rádio-amador André Sampaio forneceu as primeiras informações sobre os objetos encontrados no oceano
Lucas esteve no Brasil para assistir o enterro do pai, que faleceu há 15 dias
Veja no mapa as áreas de busca pelos destroços
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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou nesta quarta-feira (3) que os navios da Marinha já se encontram no local de queda do Air France, que desapareceu na noite de domingo (31), e que não foram localizados, até o momento, corpos ou sobreviventes.

"Não foram encontrados corpos e sobreviventes. Não há dúvida nenhuma que a situação de queda é neste local", afirmou a jornalistas. De acordo com o ministro da Defesa, os corpos que apresentarem "abdome" íntegro, ou seja, sem perfurações, podem voltar à superfície entre 48h e 70h. Já os corpos que tiveram o abdome perfurado, explicou ele, não retornam à superfície.

Na avaliação de Jobim, é "muito difícil" encontrar corpos no fundo do mar. O ministro informou ainda que o mar, naquela região, possui profundidade entre dois mil e três mil metros. Ele não excluiu a hipótese de haver tubarões na região.

Segundo ele, a mancha de óleo que foi encontrada pode excluir a hipótese de ter havido explosão. Questionado se havia algum sinal de terrorismo, ele afirmou que "não há nenhuma sinalização".

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"A existência de manchas de óleo pode eventualmente excluir a possibilidade de incêndio, explosão. Senão, não teria mancha de óleo", afirmou a jornalistas em Brasília.

Jobim informou que foram visualizadas duas pilhas de destroços, e que deverão ser recolhidas nesta quinta-feira (4). Segundo ele, as partes que forem encontradas serão entregues aos franceses, pois eles são os responsáveis, para fazer a investigação das possíveis causas do acidente.

Marinha

A Marinha informou na tarde desta quarta-feira (3) que, até o momento, não resgatou nenhum destroço do Airbus A 330-200 da Air France, que desapareceu no domingo (31) quando fazia o trecho Rio de Janeiro-Paris, com 228 pessoas a bordo.

Em nota divulgada à imprensa, a Marinha destaca que as condições meteorológicas na região do Oceano Atlântico onde ocorreu a queda do avião são regulares, com "visibilidade regular e chuvas esparsas", apesar do mar calmo. Os militares informaram ainda que, até o fim do dia, contarão com um total de dois navios brasileiros na região do acidente.

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"A Marinha do Brasil informa que o Navio-Patrulha (NPa) Grajaú chegou hoje pela manhã ao local indicado da queda da aeronave da Air France (voo AF 447) e iniciou busca em rumos paralelos, no sentido Noroeste, em uma área circular com raio de 120 milhas náuticas, centrada na posição onde foi avistada, pela aeronave da Força Aérea Brasileira, no último dia 2, uma esteira de 5 km de destroços. O Grajaú ainda não obteve identificação positiva de qualquer destroço", destaca a nota.

Na terça-feira (2), dois navios mercantes holandeses e um francês chegaram à região. As três embarcações foram desviadas de suas rotas originais para auxiliarem nas buscas pelos destroços e possíveis sobreviventes. Nesta quarta, segundo a Marinha, um dos navios holandeses foi autorizado a deixar a área, por falta de combustível.

Na quinta-feira (4), às 6h, é esperado mais um navio - o fragata "Constituição", que tem radares e espaço para um helicóptero para ajudar no resgate. No total, cinco navios brasileiros vão participar da busca. Os últimos navios chegam ao local no sábado (6).

Parentes

Cerca de 30 parentes dos passageiros do voo 447 da Air France montaram nesta quarta-feira (3) uma comissão para acompanhar as buscas pelo avião.

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Nelson Faria Marinho, pai do mecânico de mesmo nome que embarcou no voo, disse que a comissão vai pedir ao governo brasileiro um avião da FAB para levar os parentes dos passageiros até Recife.

Ele acredita que mais próximo do local onde teria caído o avião, seja mais fácil receber informações.

"A gente não esgotou nossa esperança de que haja sobrevivente. Ainda acreditamos que haja sobreviventes. Nossa esperança ainda não morreu, só vamos perder a esperança quando tiver algum fato concreto e isso ainda não aconteceu", disse Nelson.

Nelson seguia para Angola onde trabalhava em uma plataforma de petróleo.

"Nessa empresa que ele trabalha, ele recebeu um treinamento de sobrevivência embaixo d´água. Se ele teve alguma chance, ele aproveitou", disse o pai.

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