Um jovem foi atingido ontem por um disparo de arma de fogo durante o protesto do Dia dos Professores, que culminou em violência, quebra-quebra e prisões. O rapaz está internado na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio.

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Segundo investigadores da 15ª DP (Gávea), onde o caso foi registrado, não foi ainda identificado a origem dos disparos e não é possível afirmar que eles tenham sido praticados por policiais militares que tentavam conter o tumulto no centro do Rio e reagiam contra os manifestantes.

Rodrigo Gonçalves Azoubel, de 18 anos, foi baleado durante o protesto, que resultou em cerca de 200 detenções de pessoas que supostamente praticaram atos de violência. Ele foi alvejado no braço, passou por uma cirurgia e passa bem, segundo o hospital.

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Embora não exista ainda a confirmação da autoria do disparo que atingiu o jovem, policiais militares do Rio usaram armas letais para dispersar manifestantes da noite de ontem. Ao menos dois PMs dispararam tiros para o alto nos arredores da praça da Cinelândia, ponto central dos conflitos.

Por volta das 23h, a reportagem presenciou o momento em que um PM sacou a sua arma e deu seis tiros para o alto na rua Araújo Porto Alegre, próximo à sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Os policiais acabaram cercados pelos jovens, alguns com máscaras. Sem bombas de gás, um dos PMs fez os disparos para o alto. Duas horas antes, um fotógrafo registrou um policial dando tiros para o alto nas esquinas das ruas Santa Luzia com Graça Aranha.

Apesar de contato com a assessoria da PM, a corporação não respondeu se o comando autorizou o uso das munições letais.

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