Jovens de 20 estados brasileiros fizeram uma manifestação no centro da cidade do Rio de Janeiro, na tarde de nesta sexta-feira (15), para protestar contra a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais. O grupo saiu da Candelária e encerrou o ato em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Os manifestantes cobraram políticas que garantam o acesso a um ensino de qualidade para os jovens ao passar na porta da sede estadual do Ministério da Educação.
Já em frente sede da mineradora Vale do Rio Doce, o grupo protestou contra a degradação dos recursos naturais que, segundo eles, é causada pela empresa. Ao passar pelo Consulado dos Estados Unidos, os jovens pediram o fim da política americana baseada nas guerras e na poluição do meio ambiente.
O integrante da Via Campesina do Rio de Janeiro, Marcelo Durão, disse que o Tribunal de Justiça foi o local escolhido para os manifestantes expressarem sua insatisfação com as políticas de criminalização dos jovens, que mais sofrem com as ações policiais.
"Viemos ao Tribunal de Justiça, que é o que representa essa opressão contra a juventude que é a que mais morre em operações policiais. Os jovens da faixa etária entre 17 e 27 anos, principalmente pobres e negros, são os mais atingidos. Isso é o que viemos reivindicar aqui. Recursos para a segurança e o 'caveirão' têm, mas para a educação não", ressalta Durão.
A manifestação encerrou as atividades do 1º Encontro Nacional da Juventude do Campo e da Cidade, que foi realizado em Niterói durante esta semana. O congresso contou com a presença de movimentos populares de trabalhadores, desempregados, negros, mulheres, sem-teto, estudantes e camponeses de todo o país.
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