Foi concedido pela Justiça na tarde desta quarta-feira (31) um habeas-corpus para libertar Josiane Portes de Barros, ex-mulher do prefeito de Rio Branco do Sul, Adel Ruts, assassinado no último dia 1º no Centro da cidade da região metropolitana. Josiane é acusada de encomendar a morte do marido. Ela estava presa desde o último dia 4.
O desembargador Macedo Pacheco, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), deferiu o habeas-corpus solicitado pelo advogado da acusada, Elias Matar Assad. O pedido de soltura, segundo a defesa, foi baseado na falta de provas contra a mulher. "O homem que a reconheceu como mandante do crime voltou atrás e desmentiu a declaração. O Ministério Público não teve provas para iniciar a ação penal contra ela, então também não há motivo para ela continuar presa", explica Assad.
Por volta das 18h, Josiane deixou a carceragem do Centro de Triagem I, no Centro de Curitiba, onde estava detida. Ela vai responder ao processo em liberdade. Crime
O crime contra o prefeito ocorreu na noite do dia 1º de março. Segundo a versão oficial divulgada pela polícia, nesta data, por volta das 20 horas, Adel Ruts foi abordado por dois motociclistas, enquanto chegava em casa. Ele foi atingido por cinco disparos de arma de fogo. Os tiros teriam sido efetuados por Fábio Faria e Daniel Santos, que estariam na mesma moto. Os dois contavam com a cobertura de Selmo dos Santos, que acompanhava a ação criminosa em outra motocicleta.
Em coletiva realizada no dia 4, o secretario da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, anunciou a prisão de Faria, um dos supostos atiradores. Daniel e Selmo continuam foragidos. A ex-mulher do prefeito, Josiane de Portes Barros Luz também foi presa. De acordo com as autoridades, ela foi a mandante do crime e já teria pago R$ 15 mil ao grupo pela execução. Outros R$ 10 mil ainda seriam recebidos pelo trio. A partilha de bens do casal e supostos casos de adultério teriam motivado o assassinato, segundo Delazari.
Na última sexta-feira (26), foi realizada a reconstituição do crime. O processo foi conduzido por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e contou com a ajuda de pessoas que testemunharam o homicídio.
Defesa
Na noite em foi preso, Faria confessou o crime e apontou Josiane como a mandante do assassinato, mas posteriormente mudou seu depoimento, afirmando que nunca havia visto a mulher.
Assad efetuou um pedido de revogação da prisão preventiva no último dia 11. Segundo ele, com a mudança da declaração de Faria, não existiriam mais provas que pudessem incriminar a cliente dele.
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