O ex-cabo da Polícia Militar de Alagoas Everaldo Pereira dos Santos, pai da adolescente Eloá Pimentel, foi intimado pela Justiça do estado a se apresentar em um prazo de 15 dias. Caso não se apresente, ele será levado a julgamento à revelia (mesmo sem a presença do réu) pelo assassinato do delegado Ricardo Lessa, irmão do ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa (PDT), e do motorista Antenor Carlota da Silva. Os dois foram mortos a tiros em outubro de 1991, em Maceió, e o pai da adolescente é acusado de cometer o crime.

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O edital de intimação foi publicado nesta quinta-feira (30) no Diário Oficial de Alagoas. Segundo o juiz titular da 9ª Vara Criminal de Maceió, Geraldo Amorim, caso o pai de Eloá não se apresente, "ele deverá ser levado a júri ainda neste ano ou, no mais tardar, no primeiro semestre de 2009".

O documento intima o também ex-cabo da PM Cícero Felizardo dos Santos, o ex-sargento da PM José Carlos de Oliveira, os policiais militares Aderildo Mariz Ferreira, Edgar Romero de Morais Barros e Valdomiro dos Santos Barros, além do policial civil Valmir dos Santos.

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Na época do duplo assassinato, o pai da Eloá e os demais policiais pertenciam, segundo a acusação, à "gangue fardada", um grupo extermínio comandado formado por policiais.

Everaldo Pereira dos Santos foi identificado após o episódio do seqüestro da filha dele e da amiga Nayara Silva. Eloá Pimentel foi morta pelo ex-namorado Lindemberg Alves, após ficar mais de 100 horas como refém. O seqüestrador está preso na Penintenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba.

O advogado de Everaldo Ademar de Barros foi procurado pela reportagem, mas, até as 16h40, não havia retornado as ligações.

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