Louise Sayuri Maeda está desaparecida desde a noite da última terça-feira (31)| Foto: Arquivo pessoal

A Justiça negou nesta sexta-feira (12)pedido de habeas corpus para uma das acusadas da morte de Louise Maeda, 22 anos, assassinada em Curitiba no dia 31 de maio deste ano. Márcia do Nascimento, 21 anos, é apontada como mentora do assassinato de Louise e está presa preventivamente desde o dia 18 de junho. O juiz Naor Macedo Neto indeferiu o pedido de liberdade feito pelo advogado de Márcia em função da gravidade do crime e da periculosidade dos autores.

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No pedido de habeas corpus, o advogado de Márcia afirma que, apesar de a jovem ter confessado participação na ocasião do crime e ter admitido auxiliar na ocultação do cadáver, "inexistem provas conclusivas acerca de sua participação no homicídio em si." O defensor pleiteava que a acusada cumprisse prisão domiciliar. Na sentença que negou o pedido, o juiz substituto em 2.º grau Naor Macedo Neto diz "assim, não se podendo dizer, nas circunstâncias emergentes dos fatos, que a prisão preventiva da paciente para garantia da ordem pública esteja causando-lhe constrangimento ilegal, é de rigor que se indefira a medida liminar pleiteada."

Márcia do Nascimento, Fabiana Perpétua de Oliveira, de 20 anos, e Elvis de Souza, de 20 anos, foram denunciados por dois crimes, homicídio e ocultação de cadáver. A promotora de Justiça Marilu Schnaider Paraná de Souza considerou que o crime de homicídio foi triplamente qualificado: teve motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e foi cometido para assegurar que outro crime (os furtos) ficasse impune.

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O crime

Segundo as investigações, no início de maio, Louise descobriu uma série de irregularidades cometidas por Márcia, entre elas furtos, e sugeriu aos proprietários da empresa que demitissem a funcionária.

No dia 31 de maio, Louise e Fabiana deixaram juntas o Shopping Mueller, onde fica a iogurteria em que trabalhavam. Segundo a polícia, Márcia convenceu Fabiana a convidar a vítima para ir a um barzinho. Elas entraram em um Gol, onde Márcia e o outro acusado – as esperavam.

Eles seguiram até o bairro Campo de Santana, onde Márcia simulou passar mal. Fora do carro, Louise foi levada a um ponto isolado, onde foi executada.

Para auxiliar em um eventual júri popular, a polícia realizou, na noite do dia 15, a reconstituição dos fatos. O procedimento foi realizado com base no depoimento de cada um dos três acusados. O corpo foi encontrado no dia 17 de junho em uma cava do Rio Iguaçu, em Curitiba.

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Márcia e Fabiana foram detidas na madrugada seguinte à confirmação da morte da universitária. Élvis se entregou à polícia somente no dia 23 de junho, mesma data em que a família fez a cerimônia de despedida e que o corpo de Louise foi cremado.