A Justiça negou o pedido de habeas-corpus solicitado pela defesa da ex-delegada titular do Alto Maracanã, em Colombo, região metropolitana de Curitiba, Márcia Marcondes Braga, nesta quinta-feira (16). Ela é suspeita de torturar e liberar presos por dinheiro.
Uma operação especial, deflagrada em 17 de março, prendeu 16 suspeitos de integrar uma suposta quadrilha que agia na delegacia do Alto Maracanã. De acordo com o Ministério Público, os policiais civis cobravam R$ 30 mil para soltar presos. Posteriormente, denúncias de tortura também vieram à tona.
Os acusados estão presos sob regime de prisão preventiva. A defesa de Márcia argumentou no pedido do habeas-corpus - que faria com que ela fosse julgada em liberdade - que a delegada tem residência e emprego fixos, é primária e não coloca em risco a ordem pública.
Despacho assinado pelo juiz José Laurindo De Souza Netto negou o pedido, ratificando a decisão da Vara Criminal de Colombo. "Não vislumbro (...) ilegalidade na decisão atacada", diz o documento, que ainda menciona "ausência de condições indispensáveis" para embasar as alegações da defesa no pedido de habeas-corpus.