Engenheiros recomendam a remoção de outras sacadas
Erros na construção do edifício Don Gerônimo, em Maringá (Noroeste do Paraná), contribuíram para o desabamento das 15 sacadas de um dos blocos, no dia 26 de outubro deste ano. A constatação está no laudo técnico da Defesa Civil da cidade sobre o acidente, divulgado na manhã desta segunda-feira (1.º). A queda aconteceu durante a madrugada e não deixou feridos.
De acordo com a Comissão de engenheiros civis que elaborou o laudo, a principal causa foi a queda abrupta da marquise localizada sobre a sacada de último andar. A sua estrutura estava em elevado processo de corrosão, devido a infiltrações de água de chuva, provocada pelo rompimento da conexão que ligava a tubulação do ralo da marquise à parte superior do edifício.
Entre os erros na construção do edifício apontados pelo laudo está o rebaixamento das ferragens e sobrecarga da marquise, além da alteração do tamanho das sacadas, que estava superior ao que consta no projeto.
As sacadas, que deveriam ter 105 centímetros de comprimento, foram executadas com 147 centímetros, o que teria proporcionado maior susceptibilidade. Além disso, foi constatado que a espessura da laje da marquise estava mais grossa do que o projetado, ela apresentava 11 centímetros de largura, enquanto o previsto inicialmente era sete centímetros. O laudo ainda ressalta que "a armadura constante no projeto estrutural não foi modificada de maneira a atender tais modificações [feitas na hora de execução]".
Em nota à imprensa, a Defesa Civil afirma que as hipóteses levantadas pela Comissão precisam ser comprovadas pela realização de ensaios laboratoriais complementares de corrosão, resistência à compressão e tração, entre outros, por isso, em breve, será apresentado um laudo técnico conclusivo.
A Comissão também afirmou ser favorável à demolição de todas as marquises e demais sacada remanescentes na fachada frontal do edifício, voltadas para a Rua Visconde Nassau. "As sacadas que restaram provavelmente foram projetadas no mesmo molde das que caíram, isso significa que pode acontecer um novo acidente", explica o diretor regional da Defesa Civil de Maringá, coronel Jurandi André.
Em assembléia no início de novembro, os moradores do prédio já haviam resolvido pela demolição das sacadas, por questões estéticas e de prevenção.
A construtora Controlnort é a empresa responsável pela vistoria e reforma do edifício e vai falar sobre o assunto nesta terça-feira (2). Já a construtora Sisa Construções Civis, responsável pelo projeto do prédio, não se pronunciou sobre o laudo.
A Comissão que realizou o laudo é formada por quatro engenheiros civis do Sindicato da Construção Civil de Maringá (Sinduscom), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Prefeitura Municipal de Maringá e Defesa Civil.
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