O brinquedo onde ocorreu um acidente que culminou com a morte de uma menina de dois anos, em Paranaguá, no Litoral do estado, estava com o portão destrancado. Um laudo elaborado pelo Instituto de Criminalística (IC) apontou que a estrutura [o portão] não pode ser aberto por uma criança da idade da vítima. A garota morreu na madrugada do dia 1º de novembro, horas depois de ter sido atingida por uma cabine giratória do brinquedo Crazy Dance.
O resultado da perícia foi recebido pela Delegacia de Paranaguá nesta quinta-feira (4) e derrubou o depoimento do diretor e dos funcionários do parque de diversões, que disseram à polícia que o portão estava fechado e que teria sido aberto pela própria menina.
O delegado responsável pelo caso, Rômulo Ventrella, disse que pretende ouvir outras testemunhas e finalizar o inquérito policial até o fim da próxima semana. Se a polícia constatar que houve negligência por parte do parque de diversões, o diretor e funcionários podem ser indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Na tarde de terça-feira (2), o delegado descartou a possibilidade de os pais da menina terem cometido negligência. Em depoimento, eles relataram que a criança entrou na área restrita do brinquedo, depois que a mãe soltou da mão da filha para pegar uma máquina fotográfica. A menina entrou na área isolada e, com o brinquedo em funcionamento, foi atingida por uma cabine giratória do equipamento. A vítima chegou a ser hospitalizada, mas não resistiu aos múltiplos ferimentos.
O diretor do parque apresentou à polícia alvarás de funcionamento expedido pela prefeitura e pelo Corpo de Bombeiros. Mesmo assim, a Defesa Civil e a prefeitura interditaram o brinquedo até que sejam averiguadas as situações de segurança. O gerente do parque, André Martins, afirmou que a direção do parque decidiu reabrir apenas na sexta-feira (5), quando terá início em Paranaguá a Festa de Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná.
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