Motivada por uma palestra sobre hantavirose, uma zoonose grave que é transmitida aos humanos por fezes, urina e saliva de roedores silvestres, a professora Suely Coellli, da Escola Municipal Frei Tiago Luchese, de Bituruna, no Sul do Paraná, começou um projeto que envolveu pesquisa, inclusão digital e conscientização social.
Durante a palestra, a professora soube que a cidade é uma das que tem maior índice de hantavirose no Paraná e que moradores de área rural, trabalhadores de agropecuárias e em atividades de reflorestamento são considerados grupos de risco. Isso a preocupou, pois grande parte dos alunos da escola vive na área rural e as famílias da região têm pouco acesso a informações sobre a doença.
Foi a partir dessa constatação que a professora delineou seu trabalho com o projeto Ler e Pensar envolvendo duas turmas de 5.º ano. A ideia era organizar uma pesquisa com as crianças, colher informações sobre prevenção da doença e fazer uma campanha de conscientização no município.
Mas o trabalho alcançou um objetivo maior: a percepção de que somos responsáveis pelo nosso ambiente. Os alunos perceberam a inadequação das lixeiras na escola e o acúmulo de lixo no parquinho do outro lado da rua. Como naquelas condições o local se tornava propício à proliferação de ratos, eles foram em busca do responsável e conseguiram não só a instalação de lixeiras, como também a revitalização do parquinho pela prefeitura.
Inclusão digital
Para operacionalizar a pesquisa, a professora optou pela leitura no site da Gazeta do Povo. Esse também foi um desafio para a professora, pois dos quarenta e oito alunos, apenas cinco tinham computador em casa e apenas dois com acesso à internet. Como a Universidade Aberta do Brasil (UAB), possui um polo anexo à escola, ela negociou a utilização do laboratório de informática da instituição uma vez por semana.
Com o calendário definido, a professora apresentou as noções básicas de navegação na internet, e os alunos se desenvolveram rapidamente. Durante as pesquisas, Suely orientou as buscas por tema no site da Gazeta do Povo. Os alunos não faziam anotações, apenas liam e discutiam sobre o assunto. No retorno à sala de aula, uma matéria era trabalhada mais profundamente e os alunos tinham a tarefa de conversar com os pais.
Por fim, para o evento de encerramento do projeto, os alunos organizaram uma palestra para os pais, em parceria com estudantes de enfermagem e agronomia em uma faculdade da região que concordou em utilizar as matérias da Gazeta do Povo, do blog Giro Sustentável e de outros sites que os alunos pesquisaram ao longo de três meses.
“É gratificante apresentar um novo ambiente e dizer que o site da Gazeta do Povo foi suporte para mudanças e desenvolvimento da capacidade crítica e reflexiva dos alunos, impulsionando-os para transformações significativas do ambiente”, comemora a professora.
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