Um levantamento do Batalhão da Polícia de Trânsito (BPTran), da Polícia Militar do Paraná, apontou quais são as vias e cruzamentos mais perigosos de Curitiba. A Avenida Marechal Floriano Peixoto registrou o maior número de acidentes. Em segundo lugar está a Avenida Visconde de Guarapuava e, em seguida, a Rua Comendador Franco. A Marechal também registra pico de atropelamentos. Segundo o tenente Ismael Veiga, do BPTran, a soma de fluxo intenso com a extensão da via colabora para o alto índice.
O cruzamento das ruas Barão do Rio Branco e Visconde de Guarapuava é o que mais registrou acidentes e atropelamentos. “É um local onde há grande confluência de elementos do trânsito: motocicletas, veículos, ciclistas e pedestres. Não há erro de engenharia. Falta atitude defensiva de cada um e proteção do maior sobre o menor”, aponta o tenente Veiga.
INFOGRÁFICO: Confira as vias com mais acidentes e atropelamentos em Curitiba
Conforme aponta a secretária de Trânsito de Curitiba Luiza Simonelli, há outros fatores de risco, como infraestrutura das vias e cruzamentos e perfil dos envolvidos. “O elo mais frágil é o pedestre. Entre eles, o mais frágil é o idoso”, explica. Ela diz que a prefeitura tem investido na instalação de semáforos na cidade e outras ferramentas para diminuir os índices de acidentes.
Curitiba registra queda no número de acidentes e atropelamentos
O BPTran também divulgou números que mostram uma queda de 12% no número de acidentes e 21% de atropelamentos em Curitiba nos quatro primeiros meses de 2016 em comparação com o mesmo período do ano passado. O número de vítimas também caiu.
Área Calma
A implantação, no último ano, da Área Calma, com limite de velocidade de 40 km/h no Centro da capital, foi um fator preponderante para a queda no número de acidentes, segundo o BPTran e a Setran.
Como aponta Luiza, a importância da diminuição de velocidade no setor se mostra pelos números: “entre 7h30 e 9 horas da manhã, desembarca na área calma um contingente que representa a população de uma cidade como Londrina”, diz.
Conforme a secretária, a ideia agora é expandir a Área Calma para os “centros” dos bairros da capital, onde, segundo ela, o fluxo de elementos do trânsito é comparável à zona central. “Em detrimento do ganho de tempo, a gente pode poupar vidas”, avalia Veiga, que cita ainda o congestionamento e o aumento da frota como elementos secundários para os números.
Segundo o levantamento, entre janeiro e abril de 2015, foram registrados 1.953 acidentes na capital, enquanto que, no mesmo período de 2016, foram 1.722 ocorrências – 231 a menos. As quedas ocorreram tanto no número de acidentes com vítimas quanto sem. A quantidade de feridos reduziu sete pontos porcentuais e de mortes, 15 pontos.
Em números absolutos, os registros de atropelamentos em Curitiba passaram de 194 para 153 – uma queda de 41 ocorrências. Enquanto o número de feridos caiu de 192 para 146, as mortes dobraram no período: passaram de duas para quatro.
Conforme o porta-voz do BPTran, tenente Ismael Veiga, a diminuição no número de ocorrências como essas vem sendo registrada desde 2012 na capital. “Mesmo algumas variações são consideradas normais, diante do aumento da frota na cidade”, aponta, sobre o aumento no número de mortes por atropelamento.
A titular da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) de Curitiba, Luiza Simonelli, explica que a queda é decorrente de várias atividades que fazem parte da meta da capital de reduzir, até 2020, em 50% o número de óbitos decorrentes do trânsito. “Curitiba, em 2010, era a terceira cidade que mais matava no trânsito, e era preciso mudar isso”, explica.
Eles destacam ainda as ações da Campanha Maio Amarelo – mês de conscientização do trânsito – que se encerram agora. “São vários setores da sociedade envolvidos nas atividades, o que colabora para uma nova visão sobre os problemas do trânsito enfrentados no nosso dia a dia”, considera Veiga.
Embriaguez
Segundo o levantamento, a quantidade de acidentes causados por embriaguez ao volante registrou queda de 38% em Curitiba em relação ao mesmo período do ano passado. Os exames do bafômetro, notificações e prisões de motoristas também diminuíram em torno de 35%. “Diria que as pessoas estão percebendo que o cerco está se fechando, não conseguimos abranger a cidade toda, mas a lei seca trouxe muitas melhorias nesse índice”, diz Veiga.
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