Os 542 candidatos aprovados no concurso da Polícia Civil do Paraná ainda não sabem quando vão começar o treinamento para a nova função. A relação com o nome dos aprovados está na Secretaria da Segurança Pública (Sesp-PR) e precisa ser enviada para o governador Roberto Requião (PMDB). Só depois da assinatura da nomeação, os candidatos serão empossados.
No entanto, a assessoria de imprensa da Sesp-PR não explicou os motivos pelos quais a relação com os aprovados não foi enviada ao governador, já que o resultado do concurso, que teve o edital de lançamento publicado no dia 25 de maio de 2007, foi homologado pelo secretário da Segurança Pública (Sesp-PR), Luiz Fernando Delazari, no dia 1.º de julho.
Enquanto isso os candidatos esperam. A secretaria não informou em qual prazo o processo será encaminhado para a assinatura do governador. A explicação é que alguns detalhes ainda estão sendo resolvidos para que seja feita a nomeação. O concurso também recebeu vários recursos e processos na Justiça, o que acabou atrasando algumas fases.
Os nomes dos aprovados já foram publicados no Diário Oficial. Há meses candidatos reclamam da demora. Alguns deles enviaram e-mails para a redação da Gazeta do Povo reclamando da lentidão da conclusão do processo. As reclamações são na direção que a violência continua aumentando no Paraná e os novos policiais não são contratados.
Dados divulgados pela Sesp-PR mostram que em Curitiba e na região metropolitana aconteceram 3,5 mortes violentas por dia, no segundo trimestre de 2008 (período de 1.º de abril a 30 de junho). O concurso da Polícia Civil estabeleceu 44 vagas para o cargo de delegado, 70 para escrivão, 300 para investigador e 128 para papiloscopista, todos com exigência de nível superior. Para o total das 542 vagas, foram inscritos 16.971 candidatos.
"O concurso está encerrado. Assim que sair a nomeação e a posse dos aprovados vai começar o curso de formação", explicou o vice-diretor da Escola Superior de Polícia Civil do Paraná (ESPC), delegado Sivanei de Almeida Gomes. A nomeação e a posse são atos que devem ser tomados pelo governador.
"Os candidatos estão ansiosos, mas precisam ter paciência", definiu o delegado Sivanei. O curso de formação será feito na ESPC e é um requisito para o estágio probatório de 3 anos a que os aprovados serão submetidos.
A assessoria da secretaria afirma que a finalização do concurso será feita rapidamente, mas não tem previsão de quando será concluído o processo. Depois da nomeação for assinada pelo governador, começará o treinamento dos novos policiais.Você acha que o atraso na nomeação dos novos policiais compromete o combate à violência? Deixe seu comentário no formulário abaixo