Praias lotadas e avenidas engarrafadas são indicativo para os comerciantes do Litoral paranaense de que este réveillon deve alavancar as vendas drasticamente reduzidas pela crise financeira que assola o país. Segundo a Associação de Hotéis, Pousadas, Restaurantes, Bares, Casas Noturnas, Prestadores de Serviços e Similares do Litoral Paranaense (Assindilitoral), muitos estabelecimentos estão apostando na virada e no dia 1º de janeiro como período para faturar um pouco mais. “Para muitos, serão as datas mais fortes de movimento. No ano passado, tivemos quatro dias no feriado do Réveillon, o que deu uma grande diferença”, comenta o presidente da Assindilitoral, Carlos Dalberto Freire.
Ele observa que, até este sábado (31), a maioria dos veranistas estava contendo os gastos na região. “O pessoal estava realmente segurando o dinheiro. Esperamos que melhore”, assinala.
Nesta véspera do ano novo, parte do comércio de Matinhos abriu mais tarde, já pensando em funcionar até a madrugada de domingo. Alguns comerciantes chegaram a reforçar os estoques de bebidas para lucrar até mesmo de madrugada.
É o caso do proprietário de uma loja de conveniência no balneário de Caiobá, Maicon Vinícius Severino. À tarde, ele já estava preparado para atender a clientela durante o show de fogos da virada.
“Estamos com uma expectativa interessante de vendas, mas, ainda assim, esperando 10% a menos que o ano passado. Está um ano difícil”, diz Severino, ao lembrar que outra parte do público atendido por ele, os ambulantes que atuam na areia, estão tendo um faturamento ainda menor.
Dono de um restaurante na avenida Atlântica, Sérgio Tozo também acredita que a tendência é que os veranistas gastem mais no último dia de 2016 e início de 2017. “Acho que vai ser bom de movimento sim. Mas não sabemos como vai ser depois, de segunda-feira em diante”, pontua.
A taxa de ocupação de hotéis e pousadas na região já ultrapassou os 90%, conforme a Assindilitoral. Cerca de 700 mil pessoas são esperadas para a acompanhar shows de fogos de artifício nas praias da região durante a chegada de 2017.